Os
valores do novo aumento da energia serão diferentes em algumas partes
da Paraíba. As seis cidades atendidas pela Energisa Borborema, entre
elas Campina Grande, sofrerão um novo aumento de 5,7%. Nos outros 216
municípios do Estado, que tem o fornecimento da Energisa Paraíba, entre
elas João Pessoa, o índice será menor (3,8%). Contudo, outro reajuste da
energia também entrar em vigor nesta segunda-feira (2): o novo valor
das bandeiras tarifárias.
A
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou aumento de 83%
sobre o valor vigente para a bandeira vermelha. Pela regra, o acréscimo
mensal passa de R$ 3 para R$ 5,50 a cada 100 kilowatt-hora (kWh)
consumidos pelas residências. Um consumo de 100 kilowatt-hora (kWh) por
mês terá acréscimo de R$ 5,50 na conta,além do novo reajuste aprovado
pela revisão tarifária entre 3,8% e 5,7%, dependendo do município da
residência na Paraíba.
Para
os consumidores da Borborema, a conta ficará ainda mais salgada, pois
será o segundo aumento consecutivo. Em fevereiro, a Aneel havia aprovado
aumento médio de 39,55% para a Energisa Borborema, que compreende os
municípios de Campina Grande, Boa Vista, Fagundes, Lagoa Seca,
Massaranduba e Queimadas.
Para
o preço da gasolina, a previsão é que o aumento seja de R$ 0,20 na
bomba a partir deste domingo, 1° de março. O Conselho Nacional de
Política Fazendária (Confaz), que atualiza a cada 15 dias a média
ponderada dos preços dos combustíveis para a coleta de ICMS feitas pelas
refinarias. Nos dados da Paraíba, o preço médio do litro da gasolina
será de R$ 3,19, para cobrança do imposto.
REVISÃO
Segundo
a Aneel, a revisão leva em consideração diversos fatores, como o
orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) deste ano, o
aumento dos custos com a compra de energia da Usina de Itaipu - por
causa da falta de chuvas -, o resultado do último leilão de ajuste – que
aumentou a exposição das distribuidoras ao mercado livre – e o ingresso
de novas cotas de energia hidrelétrica. “No ano passado e neste ano, o
custo da energia elétrica tem sido realmente alto, porque o regime
hidrológico não está favorável, temos despachado todas as térmicas, que
têm um custo mais alto”, explicou o diretor-geral da Aneel, Romeu
Rufino.
A
revisão extraordinária está prevista nos contratos de concessão das
distribuidoras e permite que a Aneel revise as tarifas para manter o
equilíbrio econômico e financeiro do contrato, quando forem registradas
alterações significativas nos custos da distribuidora, como, por
exemplo, modificações de tarifas de compra de energia, encargos
setoriais e de uso das redes elétricas. Na tarde desta sexta, a Aneel
também aprovou o orçamento da CDE para este ano, que prevê repasse de R$
22 bilhões para a conta dos consumidores de energia.
Entre
dezembro de 2014 e fevereiro de 2015, várias empresas solicitaram a
revisão extraordinária, por causa da falta de chuvas e da maior
necessidade de compra de energia de termelétricas, que é mais cara.