Filhos do prefeito de Gado Bravo
são presos por fraude na operação
'Salinas'. Promotores revelam que
esquema desviou R$ 1 milhão...
Não bastasse ser a atual
detentora do título de cidade
com o pior Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
(IDHM) da Paraíba, o município de Gado Bravo, localiza-
do no Agreste, também é um
exemplo de como a prática do
nepotismo pode ser nociva
ao bom andamento da gestão
pública. Filho do prefeito Austerliano Evaldo Araújo (PMDB),
Warison de Brito Araújo exercia
o cargo de secretário de Finanças da cidade e foi preso ontem
acusado de comandar um esquema que pode ter desviado
R$ 1 milhão dos cofres municipais.
Além dele, outro filho do prefeito, Walace de Brito Araújo, e seu secretário de Educação, José Mário Alves, foram presos durante a operação 'Salinas', deflagrada pelo Ministério Público da Paraíba, em parceria com Polícia Militar e Bombeiros. Segundo o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do MPPB, que comandou a operação, os recursos teriam sido desviados do Executivo através de fraudes em licitações e falsificação de documentos públicos, que só este ano teriam resultado no desvio de R$ 357 mil.
Até pessoas carentes, que procuravam a prefeitura para pedir ajuda, foram utilizadas pela organização para desviar recursos. “Esses beneficiários, a maioria deles sequer sabiam que estavam sendo beneficiados pela prefeitura, porque o dinheiro não chegava às mãos dessas pessoas”, explicou o promotor Romualdo Araújo. Além dessas pessoas, prestadores de serviço também eram utilizados na fraude.
“Vamos imaginar que existisse uma pessoa que prestasse serviço de poda de árvores. Ela recebia pelo serviço R$ 400, as pessoas do esquema diziam que colocariam na conta dela R$ 3 mil, mas depois in- formava que ela tiraria seus R$ 400 e o restante seria repassado para eles, embora o prestador assinasse como se tivesse recebido os R$ 3 mil”, acrescentou o promotor.
Uma dessas pessoas trabalhava como vaqueiro para o irmão do prefeito. Também foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, em Gado Bravo e nas cidades de Campina Grande e Aroeiras, e três mandados de condução coercitiva. Como os mandados expedidos pela Justiça são de prisão temporária, os filhos do prefeito e o secretário devem passar cinco dias na cadeia. Não há provas da participação do prefeito.
Além dele, outro filho do prefeito, Walace de Brito Araújo, e seu secretário de Educação, José Mário Alves, foram presos durante a operação 'Salinas', deflagrada pelo Ministério Público da Paraíba, em parceria com Polícia Militar e Bombeiros. Segundo o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do MPPB, que comandou a operação, os recursos teriam sido desviados do Executivo através de fraudes em licitações e falsificação de documentos públicos, que só este ano teriam resultado no desvio de R$ 357 mil.
Até pessoas carentes, que procuravam a prefeitura para pedir ajuda, foram utilizadas pela organização para desviar recursos. “Esses beneficiários, a maioria deles sequer sabiam que estavam sendo beneficiados pela prefeitura, porque o dinheiro não chegava às mãos dessas pessoas”, explicou o promotor Romualdo Araújo. Além dessas pessoas, prestadores de serviço também eram utilizados na fraude.
“Vamos imaginar que existisse uma pessoa que prestasse serviço de poda de árvores. Ela recebia pelo serviço R$ 400, as pessoas do esquema diziam que colocariam na conta dela R$ 3 mil, mas depois in- formava que ela tiraria seus R$ 400 e o restante seria repassado para eles, embora o prestador assinasse como se tivesse recebido os R$ 3 mil”, acrescentou o promotor.
Uma dessas pessoas trabalhava como vaqueiro para o irmão do prefeito. Também foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, em Gado Bravo e nas cidades de Campina Grande e Aroeiras, e três mandados de condução coercitiva. Como os mandados expedidos pela Justiça são de prisão temporária, os filhos do prefeito e o secretário devem passar cinco dias na cadeia. Não há provas da participação do prefeito.
Inspirados na 'Lava Jato',
promotores usarão delação
A 'Salinas' foi a quarta operação deflagrada em menos de
seis meses na Paraíba para desarticular esquemas criminosos instalados dentro de prefeituras do interior, responsáveis
por desvios milionários de re-
cursos que deveriam ser utilizados em prol da população.
Segundo o procurador-geral de
Justiça, Bertrand Asfora, novos
casos vão surgir em 2016, já que
o MPPB, a partir deste mês, vai
começar a utilizar no combate aos crimes de corrupção o
recurso da delação premiada,
que concede benefícios ao réu
que aceite colaborar com as
investigações e entregar seus
companheiros.
“Eu acredito que, como
estamos aguardando a homologação da delação premiada,
vamos ter no ano que vem,
infelizmente, notícias em que
a Paraíba vai tomar conhecimento da nossa difícil realidade”, destacou Bertrand, ao
informar que já existe uma
delação em curso.