quinta-feira, dezembro 01, 2016

Casal de ITABAIANA vão à Comic Con Experience com cosplay de 'Coragem'

Albani e Carlos Paiva fazem cosplay do desenho 'Coragem, o cão covarde'. Casal Eustácio e Muriel está entre finalistas da CCXP 2016, em São Paulo... 

Um casal de Itabaiana, no Agreste paraibano, foi classificado entre 12 finalistas e vai representar a Paraíba no concurso de cosplay da Comic Con Experience (CCXP) 2016, que começa nesta quinta-feira (1º), em São Paulo. Vestidos como os personagens Eustácio e Muriel, donos do cão "Coragem", do desenho animado de mesmo nome, os aposentados Albani e Carlos Paiva, de 56 e 65 anos, respectivamente, têm chamado atenção em eventos de cultura pop do Nordeste. 


Eles ingressaram no universo dos cosplays apenas no começo deste ano. “Onde vamos, o carinho do público é muito grande. Eles ficam surpresos com a ideia e ficam empolgados de nos encontrar, fazendo até fila para fotos”, diz Albani, que além de interpretar a avó de Coragem, também confecciona as roupas do casal e costurou os dois primeiros bonecos do cachorro que foi usado pela dupla. “A primeira vez que fizemos foi bem no improviso, mas deu tão certo que resolvemos continuar”, explica. 

A ideia para a brincadeira que foi se profissionalizando foi da filha do casal, a estudante Cinara Paiva, de 21 anos. “Eu queria participar dos eventos e minha mãe não gostava muito que eu fosse, porque não conhecia. Daí ela disse que ia junto comigo e eu dei a ideia de fazer as fantasias. Começou de forma descontraída, só para participar dos eventos, mas o sucesso foi tão grande que montamos uma apresentação para participar das competições e vencemos duas delas em menos de um ano”, conta Cinara. 

Com a apresentação baseada no desenho Coragem, Albani e Carlos já participaram de dois eventos em João Pessoa, um em Campina Grande e em seguida foram para Natal e Recife. Na quarta-feira (30) eles embarcaram para São Paulo, com apresentação no CCXP prevista para o domingo (4). 

Cinara explica que também foi responsável por inscrever o casal na competição do evento. “Vi que havia a competição e inscrevi, resolvi tentar. Eles foram inicialmente selecionado em uma etapa interna do evento foram concorrer na etapa de voto popular. Fizemos campanha localmente e também com vídeos nas redes sociais e quando saiu o resultado, ficamos surpresos pela quantidade de gente que apoiou”, disse Cinara. Segundo a jovem, a produção do evento telefonou para avisar que os pais dela estavam entre os três mais votados. A votação foi feita por meio da internet, diretamente no site da CCXP. Os 12 finalistas vão se apresentar no último dia da convenção. Além de apresentar uma fantasia fidedigna e uma maquiagem impecável, os participantes também vão ser julgados pela performance, na qual devem se comportar como os personagens e tentar impressionar o público e os jurados. Confira a lista dos finalistas no site da organizadora do concurso cosplay.
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O pai de Cinara, que interpreta Eustácio, explica que não foi difícil montar uma apresentação. “A gente já cria dois cachorros, um deles medroso feito Coragem. Se eu já reclamo quando os de verdade fazem algo errado, imagina reclamar com o boneco“, brinca Carlos, que diferente do resmugão Eustácio, é bastante carismático. 

Albani e Carlos são casados há quase 37 anos e têm três filhos. A família é de Itabaiana, mas há seis anos mora no Bairro dos Ipês, em João Pessoa. “Meus filhos vieram para cá antes, para estudar. Eu era professora e quando me aposentei, a gente resolveu vir de vez para ficar junto da família”, diz. 


Cinara, que convenceu os pais, também já participou como cosplay. Ela já se fantasiou de Arlequina, personagem da DC Comics; de Miss Fortune e LeBlanc Prestigiosa, personagens do jogo League of Legends; de Freddie Krueger, da série de filmes A Hora do Pesadelo; e agora pretende ir para a CCXP de Mulher Maravilha. “Todo o material a gente mesmo que confecciona, lá em casa. É muito divertido, ainda mais com meus pais participando junto e gostando”, diz. 

A professora diz que a família viaja com frequência para a cidade natal, e que a fama das fantasias já contagiou o restante da família. “A minha ideia é levar todo mundo pra participar, para ver como é saudável e divertido, o amor que o público tem por a gente. Já estou tentando convencer uma prima a ir de Mulher-Gato pra um dos eventos: a próxima é ela”, comenta Albani. 

Para Carlos, além da diversão de confeccionar as roupas e acessórios, o mais gratificante é a festa que os fãs fazem quando os encontram nos eventos. “É um carinho muito grande, o pessoal faz fila para tirar fotos conosco. Por aí a gente vê o cosplay como ele é: ele invade a gente e as pessoas. É muito legal”, completa.

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