Ilhas, formações rochosas, lajedos e
parques são alguns dos lugares à espera de visitantes aventureiros em
busca de paisagens para explorar na Paraíba, em sua maioria, em bom
estado de preservação. O Portal Correio, com a ajuda da coordenadora de
Turismo do Sebrae-PB, Regina Amorim, preparou uma lista com os destinos
mais procurados pelos turistas para o ecoturismo no estado.
Além da beleza, é importante ressaltar os cuidados que devem ser
tomados pelos visitantes para que a preservação da natureza seja
mantida. A bióloga Maria Neide Moura Martins de Andrade, Educadora
Ambiental do Parque Zoobotânico Arruda Câmera, em João Pessoa, frisou
que é imprescindível se educar ambientalmente ao visitar esses locais.
“Todos têm que ter a mesma oportunidade de visitar futuramente esses
lugares, por isso que é preciso manter a preservação, sempre removendo
todas as evidências de que alguém passou por ali. É preciso apagar todas
as marcas deixadas, tudo que possa descaracterizar aquele local, todo
tipo de lixo”.
Maria Neide ainda orientou os turistas a não levarem nada dos locais.
“É preciso resistir à tentação de levar algo pra casa, como pedras,
conchas, flores, etc. Para que outras pessoas possam apreciar, é preciso
que continue ali. Apreciar sim, levar não. Se for levar algo, que seja a
lembrança. Se for deixar, que deixe a pegada; pegada limpa”, finalizou.
Ilha da Restinga
Localizada no estuário do Rio Paraíba do Norte, com uma área de 540
hectares, a Ilha da Restinga é uma das grandes surpresas para os que
visitam e moram na Grande João Pessoa. O local oferece trilhas que
atravessam a vegetação, passa por lagoas e mangues e proporciona ao
aventureiro mais atento uma interessante e inesquecível aula de biologia
em meio a um dos mais preservados recantos do estado.
No local só se chega de barco, que sai da Marina Big Toy, situada na
praia do Jacaré. Sob agendamento e grupo mínimo de 15 pessoas, é
possível almoçar na Ilha, escolhendo um cardápio regional que vai da
carne de sol aos frutos do mar.
Parque Estadual Pedra da Boca
Localizado ao norte do município paraibano de Araruna, o Parque
Estadual da Pedra da Boca encanta e surpreende seus visitantes com as
formações rochosas curiosas do seu território. O local é ideal para quem
gosta de rapel e de escalada, além de possuir um cenário exótico. O
parque foi criado em 2000 e ajuda a preservar a caatinga paraibana.
Travessia dos Matacões – 15 km por entre lajedos, na APA do cariri
Localizado na Área de Proteção Ambiental (APA) do Cariri, no trekking
Travessia dos Matacões, o visitante descobre todas as maravilhas da
região, conhecendo pontos que somente com as próprias pernas é possível
chegar. Nas trilhas os turistas poderão observar pinturas rupestres e
alguns vestígios deixados há milhares de anos pelos antigos povos da
região, que fará os visitantes se sentirem na pré-história. Esses e
muitos outros destinos ligados ao ecoturismo possibilitam ao turista a
oportunidade ímpar de entrar em contato com a natureza, por meio de
trilhas em meio ao verde e ambientes preservados.
Lajedo do Pai Mateus
Um grande terreno rochoso com enormes pedras está localizado na
cidade de Cabaceiras, Paraíba, a 180km de João Pessoa. O local recebeu o
nome de ‘Lajedo do Pai Mateus’ por causa da história de um suposto
curandeiro que teria se instalado no local no século 18, atendendo a
pessoas, fazendo rezas e outros rituais em troca de comida e morando
entre as pedras.
No Lajedo Pai Mateus, os visitantes, segundo Regina, poderão ter uma
experiência única de cenário, energia, beleza e contemplação, além de
oferecer aos visitantes trilhas por sítios arqueológicos.
O local serviu de cenário para alguns sucessos do cinema brasileiro,
como ‘O Auto da Compadecida’, por isso, quem passa na entrada da cidade
de Cabaceiras pode observar o letreiro ‘Roliúde Nordestina’, numa clara
alusão ao famoso letreiro de Hollywood.
Lajedo do Marinho
Situado em Boqueirão, no Cariri paraibano a 146 km da Capital, o
Lajedo do Marinho tem toda a beleza rara do bioma da caatinga. O local é
totalmente adaptado para receber os visitantes de forma rural e
criativa, com um camping sob o lajedo, aluguel de barracas, energia
elétrica, wifi e segurança; possui fogão à lenha e banheiro ecológico. O
turista chega ao local subindo por um caminho de pedras.
As crocheteiras do Lajedo do Marinho são responsáveis pelo colorido
do cenário com as peças de vestuário e acessórios, bem como peças de
cama, mesa e banho, expostas à venda. “O grupo ficará no coração dos
turistas para sempre, pois a história de superação, transformação e
empreendedorismo, através do artesanato, é um exemplo de vida”, comentou
Regina Amorim.
APA do Rio Mamanguape
A APA do Rio Mamanguape, localizada em Rio Tinto, a 52 km da Capital,
é o habitat do peixe boi marinho. No rio, o mamífero, que corre risco
de extinção, é observado com relativa facilidade. A região é a principal
área de concentração da espécie marinha no Nordeste.
A área abrange três comunidades: Praia de Campina, Lagoa da Praia e
Barra de Mamanguape, com uma população predominante de pescadores e
trabalhadores rurais. São manguezais, lagunas, lagoas, praias com
cordões de dunas, falésias, mata de restinga e de tabuleiro e uma
peculiar barreira de coral em frente à foz do Rio Mamanguape.
“Antes de iniciar seu passeio, é importante verificar a tábua da maré
e se organizar, pois uma das mais lindas e diferenciadas ofertas deste
local são os passeios de barco ao peixe-boi, ao manguezal, as piscinas
naturais e aos recifes de corais que dividem o mar do rio, onde você
pode ver tartarugas que emergem para respirar enquanto se alimentam”,
comentou Regina.
Os turistas mais aventureiros podem desfrutar do mergulho na barreira de corais, trilhas e passeios de canoa.
Itacoatiaras do Ingá
No oeste da Paraíba, a 46 km de Campina Grande e a 109 km de João
Pessoa, localiza-se o primeiro monumento arqueológico tombado como
patrimônio nacional em 1944: a pedra do Ingá. Identificado pelos
arqueólogos como ‘itaquatiara’, o que em tupi-guarani significa ‘pedra
pintada’, o bloco rochoso possui desenhos esculpidos em baixo relevo que
aguçam o imaginário dos místicos e despertam a curiosidade até dos mais
céticos.
Parque Estadual Mata do Pau Ferro
O Parque Estadual Mata do Pau Ferro é uma reserva ecológica situada
na comunidade Chã do Jardim, a 9 km da cidade de Areia, no Brejo
Paraibano.
As atividades realizadas pelo Parque Estadual Mata do Pau-Ferro são
desenvolvidas pela comunidade Chã de Jardim, com realização de trilhas,
piquenique na mata, artesanato e feirinha de orgânicos. A comunidade
desenvolve o turismo rural e tem nele sua base local, sustentada pela
indústria de uma polpa de frutas e pelas atividades de ecoturismo
realizadas no Parque com grupos de visitantes e turistas de todo o
Brasil.
Novos roteiros turísticos na região do Vale do Paraíba
O potencial turístico da região do Vale do Paraíba está sendo discutido para que novos roteiros sejam formatados. Atrativos como Caminho das Letras, Caminhos de Zé Lins, Caminho das Artes, Caminho das Itacoatiaras e Caminho dos Quilombos, tendo como segmentos principais o turismo cultural e o turismo de aventura, irão integrar o roteiro Caminhos do Vale do Paraíba que será inserido no calendário turístico da Paraíba. Os 12 municípios da região formaram o Fórum de Turismo, que se reuniu no dia 6 de julho, na cidade de Pilar para, junto com a governança local, discutir o desenvolvimento de atividades e ações que atraiam turistas para estas cidades.”Muitos municípios dessa região tem um grande potencial turístico que precisa ser reconhecido e trabalhado. Precisamos juntar nossas forças e potencialidades para criarmos destinos criativos e atrativos”, disse o analista técnico do Sebrae Paraíba, Pablo Queiroz. A primeira reunião do Fórum aconteceu na cidade de Ingá, no início de junho, quando foi dado início aos encaminhamentos a partir do diagnóstico turístico realizado pelo Sebrae.
O potencial turístico da região do Vale do Paraíba está sendo discutido para que novos roteiros sejam formatados. Atrativos como Caminho das Letras, Caminhos de Zé Lins, Caminho das Artes, Caminho das Itacoatiaras e Caminho dos Quilombos, tendo como segmentos principais o turismo cultural e o turismo de aventura, irão integrar o roteiro Caminhos do Vale do Paraíba que será inserido no calendário turístico da Paraíba. Os 12 municípios da região formaram o Fórum de Turismo, que se reuniu no dia 6 de julho, na cidade de Pilar para, junto com a governança local, discutir o desenvolvimento de atividades e ações que atraiam turistas para estas cidades.”Muitos municípios dessa região tem um grande potencial turístico que precisa ser reconhecido e trabalhado. Precisamos juntar nossas forças e potencialidades para criarmos destinos criativos e atrativos”, disse o analista técnico do Sebrae Paraíba, Pablo Queiroz. A primeira reunião do Fórum aconteceu na cidade de Ingá, no início de junho, quando foi dado início aos encaminhamentos a partir do diagnóstico turístico realizado pelo Sebrae.
Pablo acrescentou que quatro municípios já foram reconhecidos como
cidades turísticas e farão parte do mapa turístico da Paraíba.
Itabaiana, Ingá, Pilar e Gurinhém estão produzindo material de
divulgação de suas potencialidades. Já existe, por exemplo, um debate
visando criar o Caminho das Letras, que começaria em Ingá, com as
primeiras escrituras rupestres das Itacoatiaras, seguiria para Itabaiana
na identidade do poeta Zé da Luz, depois iria para Pilar, com o roteiro
de José Lins do Rego e finalizaria em Sapé, com a visitação ao memorial
Augusto dos Anjos.
“O Sebrae vem realizando um diagnóstico das potencialidades
econômicas da região. Estamos fazendo reuniões de sensibilização em
muitos municípios e realizando oficinas para a criação das Associações
de Cultura e Turismo de cada cidade”, completou o analista.
O Fórum de Turismo do Vale do Paraíba foi formado durante a segunda
edição da Feira de Negócios do Vale do Paraíba (Fenevale), realizada
entre 26 e 28 de maio, em Itabaiana. Os municípios que fazem parte do
Fórum são: Mogeiro, Ingá, Salgado de São Félix, Itabaiana, Umbuzeiro,
Fagundes, Juarez Távora, Pedras de Fogo, Juripiranga, Itatuba, Pilar e
Gurinhém.
O diagnóstico realizado pelo Sebrae apontou as seguintes potencialidades turísticas dos municípios:
– Itabaiana: Artesanato (cerâmica, renda, bordado,
madeira e couro). Chamada de terra da poesia, tendo inspiração o poeta
Zé da luz, além de Jessier Quirino. Arquitetura com casarios dos séculos
XVII (17) e XIX (19) e monumentos históricos. Turismo rural e cavalgada
ecológica.
– Ingá: Artesanato (renda, labirinto e bordado). As
Pedras Itacoatiaras, as primeiras inscrições rupestres, são o grande
potencial turístico do município. O parque arqueológico passou
recentemente por uma recuperação, oferecendo uma trilha até as pedras,
com guia. Outro atrativo é a visita à comunidade quilombola de Pedra
D’água.
– Pilar: Tombada pelo Iphan por ser o berço do
escritor José Lins do Rego, com os atrativos: casarão do escritor (museu
atualmente), busto na praça e o Engenho Corredor. Em junho há a Semana
José Lins. Potencial para Cavalgada Ecológica, pela beira do rio
Paraíba.
– Gurinhém: Ecoturismo: Caminhada da Natureza –
Circuito Uruçu a Serra do Catolé, passando pela caverna onde se escondeu
o cangaceiro Antônio Silvino; Pedra da Raposa, com potencial para a
prática de esportes radicais, como rapel; Comunidade Quilombola do
Matão.