segunda-feira, abril 23, 2018

Paraíba registra 671 casos de conjuntivite durante primeiro trimestre deste ano.


A Paraíba registrou no primeiro trimestre deste ano 671 casos de conjuntivite, de acordo com o boletim informativo da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Mas o município de Sousa, no Sertão, concentrou 164 casos durante as três primeiras semanas de abril, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde. O número é quinze vezes que o registrado em março, quando foram apenas 10 casos. De acordo com a secretária de saúde de Sousa, Amanda Silveira, uma campanha educativa foi iniciada para orientar as pessoas sobre como prevenir a inflamação.

 Já o dado estadual representa 38% das notificações registradas em todo o estado durante 2017, quando foram registrados 1.777 casos. Anna Stella, enfermeira e chefe do núcleo de doenças transmissíveis agudas da SES, analisa que essa quantidade de notificações é considerada normal para o período, mas que a população deve ficar atenta e seguir as recomendações de prevenção contra conjuntivite..

 “A notificação da conjuntivite depende da informação repassada de cada município ao Estado. Quando não ocorre essa comunicação não há como fazer uma avaliação real do contexto. Não existe um sistema específico para tratar esse tipo de situação e por essa razão é comum observar uma incidência maior em determinadas épocas e outras não. É comum, por exemplo, o crescimento de notificações depois do verão, uma vez que nesse período as pessoas frequentam regularmente o ambiente de clubes e outros espaços”, explicou.

 Causas e prevenção

O médico oftalmologista Antônio Harrison Sarmento explica que a conjuntivite é uma doença inflamatória que atinge o tecido transparente que cobre o olho. “Qualquer inflamação nessa parte ocular é chamada de conjuntivite. A inflamação não é considerada uma doença grave, mas requer cuidados especiais e o principal é evitar a automedicação”, disse.

 “Existem três tipos comuns de conjuntivite; a viral geralmente ocasionada pela transmissão do vírus de pessoa para pessoa; a bacteriana causada por alguma situação de inflamação no organismo e a alérgica que acontece em consequência de uma causa específica. Se alguém é alérgico a um determinado produto, essa alergia pode atingir a região do olho, por exemplo. A identificação das três situações só pode ser feita por um profissional oftalmologista, que indicará o tratamento mais adequado, que vai desde o uso de colírios até a medicação de anti-inflamatórios. É importante ressaltar que a mudança do tempo também interfere na disseminação do vírus e pode tornar o ambiente mais propicio o registro de novos casos”, ressaltou Antônio Harrison Sarmento.

 A principal forma de prevenir a conjuntivite é manter o hábito de lavar as mãos e a região dos olhos. “As causas são várias e isso depende de situação para situação, mas é comum ocorrer sempre pela característica viral do contato de pessoa para pessoa. A forma mais correta de evitar o vírus é manter o hábito constante de lavar as mãos e a região dos olhos”, concluiu o oftalmologista.