O açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, perdeu mais
de 21 milhões (14,54%) de metros cúbicos em menos de quatro meses. Os
dados fazem parte de tabelas disponíveis no site da Agência Executiva de
Gestão das Águas (Aesa), mas não são enfrentados como problemas pelos
órgãos gestores. Moradores dizem estar temerosos com a baixa do
reservatório, que abastece Campina Grande e mais 18 cidades.
A estudante Renata Vilar, 24 anos, falou que vem acompanhando a baixa do nível e que não acredita que isto não vai representar problemas em um futuro próximo. “Onde eu moro não tem caixa de água e na época do racionamento eu tinha que colocar água em baldes e ocupava muito espaço em casa. Eu tinha medo até de dengue e chikungunya porque a água ficava exposta”, afirmou.
Ela ainda salientou que não acredita que as pessoas estejam ajudando com a economia de água. “Eu hoje tenho noção que tenho que fazer meu próprio racionamento, mas será que todo mundo tem?”, questionou.
O manancial parou de receber água do Rio São Francisco em abril e está com as comportas parcialmente abertas para abastecer o açude de Acauã e Araçagi. A Transposição foi paralisada para que as obras nos açudes de Poções e Camalaú pudessem ser feitas.
O diretor do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) no estado, Alberto Gomes, garantiu que estas obras estarão finalizadas até o dia 30 de setembro. “Mas o Ministério da Integração Nacional (MIN) está liberado para passar 800 metros cúbicos da Transposição. Isso pode acontecer hoje e não vai interferir nas obras”, falou.
O MIN não falou sobre esta possibilidade destacada pelo Dnocs. De acordo com o órgão, as obras devem ser finalizadas no próximo mês, o que poderá autorizar a liberação da Transposição em seguida.
“As obras de recuperação e modernização de Poções estão em andamento e os ajustes finais serão concluídos também até o mês de setembro. Os serviços incluem montagem de tubulação, instalação de equipamentos hidromecânicos e a ampliação do vertedouro, o que oferece grande grau de complexidade à obra”, afirmou o Ministério em nota a redação do CORREIO.
Além disso, alguns locais estão enfrentando problemas com equipamentos, segundo o presidente da Aesa, João Fernandes. Contudo, ele declarou que não tem problemas em se falando de abastecimentos para os moradores. A perda de água, de acordo com João Fernandes, é normal e acompanhada pelos técnicos responsáveis.
“Continuamos consumindo água, se tivesse muita água a perda seria maior por evaporação. A gente está gastando menos água do que se gastava no passado, é um negócio que não faz parte da vida da gente diária e não entendemos, mas estamos sempre fazendo as contas para acompanhar”, disse.
Sistema tenta evitar desperdício
O presidente da Aesa informou que a expectativa é que, até o fim do ano, Boqueirão tenha 20 milhões m³ a menos que hoje. Esta estimativa leva em conta o novo sistema implantado, que conta com mais medidores, gerenciamento da água, e outras melhorias. João Fernandes informou que este sistema diminiu a perda de água de 43% para 24%, o que foi confirmado pelo gerente regional da Cagepa, Ronaldo Menezes. “Adotamos ações para aproveitar mais a água sem desperdiçar. A perda é a água tratada que não chegar aos medidores, por vazamento ou por furto, melhoramos isso com instalação de 50 mil hidrômetros, que são micromedidores colocados na calçada da casa dos moradores”, explicou.
Ele ainda acrescentou que foram colocados macromedidores nas adutoras e nos reservatórios.
O sistema conta também com automação (que ajude no envio de dados em tempo real sobre o nível dos reservatórios), melhora na frota de veículos e equipamentos para reduzir o tempo de retirada de vazamento, intensificação da busca de furtos nas adutoras (populares gatos), e na rede de distribuição, intensificação da fiscalização de religação de água clandestinas, e remanejamento de pessoal interno.
A estudante Renata Vilar, 24 anos, falou que vem acompanhando a baixa do nível e que não acredita que isto não vai representar problemas em um futuro próximo. “Onde eu moro não tem caixa de água e na época do racionamento eu tinha que colocar água em baldes e ocupava muito espaço em casa. Eu tinha medo até de dengue e chikungunya porque a água ficava exposta”, afirmou.
Ela ainda salientou que não acredita que as pessoas estejam ajudando com a economia de água. “Eu hoje tenho noção que tenho que fazer meu próprio racionamento, mas será que todo mundo tem?”, questionou.
O manancial parou de receber água do Rio São Francisco em abril e está com as comportas parcialmente abertas para abastecer o açude de Acauã e Araçagi. A Transposição foi paralisada para que as obras nos açudes de Poções e Camalaú pudessem ser feitas.
O diretor do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) no estado, Alberto Gomes, garantiu que estas obras estarão finalizadas até o dia 30 de setembro. “Mas o Ministério da Integração Nacional (MIN) está liberado para passar 800 metros cúbicos da Transposição. Isso pode acontecer hoje e não vai interferir nas obras”, falou.
O MIN não falou sobre esta possibilidade destacada pelo Dnocs. De acordo com o órgão, as obras devem ser finalizadas no próximo mês, o que poderá autorizar a liberação da Transposição em seguida.
“As obras de recuperação e modernização de Poções estão em andamento e os ajustes finais serão concluídos também até o mês de setembro. Os serviços incluem montagem de tubulação, instalação de equipamentos hidromecânicos e a ampliação do vertedouro, o que oferece grande grau de complexidade à obra”, afirmou o Ministério em nota a redação do CORREIO.
Além disso, alguns locais estão enfrentando problemas com equipamentos, segundo o presidente da Aesa, João Fernandes. Contudo, ele declarou que não tem problemas em se falando de abastecimentos para os moradores. A perda de água, de acordo com João Fernandes, é normal e acompanhada pelos técnicos responsáveis.
“Continuamos consumindo água, se tivesse muita água a perda seria maior por evaporação. A gente está gastando menos água do que se gastava no passado, é um negócio que não faz parte da vida da gente diária e não entendemos, mas estamos sempre fazendo as contas para acompanhar”, disse.
Sistema tenta evitar desperdício
O presidente da Aesa informou que a expectativa é que, até o fim do ano, Boqueirão tenha 20 milhões m³ a menos que hoje. Esta estimativa leva em conta o novo sistema implantado, que conta com mais medidores, gerenciamento da água, e outras melhorias. João Fernandes informou que este sistema diminiu a perda de água de 43% para 24%, o que foi confirmado pelo gerente regional da Cagepa, Ronaldo Menezes. “Adotamos ações para aproveitar mais a água sem desperdiçar. A perda é a água tratada que não chegar aos medidores, por vazamento ou por furto, melhoramos isso com instalação de 50 mil hidrômetros, que são micromedidores colocados na calçada da casa dos moradores”, explicou.
Ele ainda acrescentou que foram colocados macromedidores nas adutoras e nos reservatórios.
O sistema conta também com automação (que ajude no envio de dados em tempo real sobre o nível dos reservatórios), melhora na frota de veículos e equipamentos para reduzir o tempo de retirada de vazamento, intensificação da busca de furtos nas adutoras (populares gatos), e na rede de distribuição, intensificação da fiscalização de religação de água clandestinas, e remanejamento de pessoal interno.