Com tempos ainda mais curtos este ano para
apresentar as propostas durante o guia eleitoral de rádio e televisão,
os candidatos, principalmente os de partidos que chegam a ter no máximo
cinco segundos de tempo, decidiram potencializar as redes sociais com o
objetivo de conseguir um número maior de eleitores e militantes
virtuais. Ferramentas como o Instagram, Facebook e WhatsApp passam a ser
o novo guia eleitoral.
O presidente do Psol na Paraíba e candidato a governador, Tárcio Teixeira, disse que o trabalho nas redes sociais já está sendo realizado com postagens e divulgações diárias. Ele revelou que com o início da campana eleitoral, no dia 16 de agosto, a atuação deve ganhar mais força. “O tempo da TV apesar de curto é muito importante, mas vamos potencializar as redes sociais para alcançar ainda mais paraibanos”, disse.
O professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e cientista político, Lúcio Flávio, disse que para compensar a falta de tempo de rádio e televisão, as candidaturas terão que usar maciçamente as redes sociais para atingir o máximo de eleitores, no intuito de tentar reverter o quadro desfavorável.
“Mas não podemos esquecer que, mesmo as grandes coligações tendo mais tempo de propaganda, também lançarão mão das redes sociais para maximizar seus votos. Sendo assim, aqueles candidatos que têm mais recursos para contratar empresas especializadas, técnicos de redes sociais e marqueteiros terão, mais uma vez, chances sobre os demais”, destacou o professor.
Para Lúcio Flávio, o tempo de rádio e televisão é decisivo na campanha eleitoral, principalmente este ano, quando o período de campanha é de apenas 45 dias. “Por isso as candidaturas precisaram formar uma aliança com o maior número possível de partidos. Não por uma questão ideológica ou programática, mas sim visando ampliar a quantidade de tempo para o rádio e a televisão”, revelou.
Ele lembrou que as eleições presidenciais nos últimos 20 anos ganharam os dois partidos que tinham mais tempo de rádio e TV. O PSDB (1994 e 1998) e o PT (2002, 2006, 2010 e 2014). “Lembrando que Fernando Henrique Cardoso tinha mais tempo e Lula e Dilma o segundo em mais tempo em 24 anos. A única exceção foi a eleição de 1989, quando Lula e Collor tinham pouco tempo e foram para o segundo turno”, frisou.
Embora uma pesquisa do Ibope de novembro do ano passado tenha mostrado que, pela primeira vez, a internet será o fator mais influente para o eleitor definir o voto à presidência da República, de acordo com os próprios eleitores ouvidos, marqueteiros são enfáticos ao dizer que as redes sociais não funcionam como uma “varinha mágica”.
Segundo o levantamento, 56% dos brasileiros disseram que as redes sociais terão algum grau de influência na escolha do candidato – 36% acham que elas terão muita influência.
Na busca por mais espaço
Na Paraíba é possível observar a grande presença dos candidatos, que disputarão o pleito de outubro, nas redes sociais, principalmente em duas delas: no Instagram e no Facebook. A grande maioria possui contas e aqueles que ainda não têm, começam a buscar ajuda para entrar no mundo virtual. É o caso da candidata ao Governo da Paraíba, Rama Dantas, que terá um tempo total de 11 segundos por dia no guia de rádio e televisão.
Rama disse que as redes sociais serão importantes no processo de diálogo com os paraibanos durante a campanha eleitoral. “Para a gente que não tem muito tempo de TV, as mídias sociais são extremamente importantes porque são ferramentas que chegam ao eleitorado e aos trabalhadores de forma bem mais rápida e direta. O nosso público tem acesso aquilo que a gente quer transmitir e discutir em qualquer local que estejam por meio de um celular”, destacou. De acordo com a candidata, foi necessário montar uma equipe especializada em redes sociais para a campanha.
O candidato Tárcio Teixeira também recorreu a ajuda profissional este ano. “Só não vou virar um desses candidatos fake que não sabe o que se passa em suas redes sociais. Gosto de participar diretamente das minhas redes e pretendo seguir assim”, afirmou.
Novidade na internet
O impulsionamento de conteúdo (posts) na propaganda eleitoral na internet pode até ser pago, desde que identificado de forma inequívoca como tal, e contratado exclusivamente por partidos, coligações ou candidatos. Ele é caracterizado por aquelas aparições (texto ou vídeo) que surgem na tela do computador quando se acessa algum site na internet, ou seja, aparece na timeline (linha do tempo) dos usuários de alguma rede social, e também pode ocorrer quando se acessa algum site de busca, como o Google ou Yahoo, por exemplo. Esta última forma de impulsionamento encontra-se prevista expressamente no art. 26, § 2º, da Lei nº 9.504/97, na forma de “priorização paga de conteúdos” nas aplicações de busca na internet, o que significa que se pode pagar para o conteúdo (post) aparecer com prioridade nos resultados obtidos na pesquisa.
Com isso quero dizer, em resumo, que fica liberado o uso de mídias digitais para impulsionar a propaganda eleitoral do candidato, assim como para garantir a sua posição de destaque nos grandes buscadores (Google e outros semelhantes), devendo atentar-se para que na publicação conste a palavra “patrocinado”, não se podendo esquecer que estas despesas precisam ser devidamente declaradas à Justiça Eleitoral.
Atenção especial precisa ser tomada no sentido de que novo impulsionamento não poderá ser feito no dia da eleição, o que configura crime eleitoral.
Outra informação importante é que os provedores que disponibilizarem o recurso de impulsionamento serão obrigados a ter um canal de comunicação com seus usuários, o que poderá ser útil no caso de alguma decisão judicial.
O presidente do Psol na Paraíba e candidato a governador, Tárcio Teixeira, disse que o trabalho nas redes sociais já está sendo realizado com postagens e divulgações diárias. Ele revelou que com o início da campana eleitoral, no dia 16 de agosto, a atuação deve ganhar mais força. “O tempo da TV apesar de curto é muito importante, mas vamos potencializar as redes sociais para alcançar ainda mais paraibanos”, disse.
O professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e cientista político, Lúcio Flávio, disse que para compensar a falta de tempo de rádio e televisão, as candidaturas terão que usar maciçamente as redes sociais para atingir o máximo de eleitores, no intuito de tentar reverter o quadro desfavorável.
“Mas não podemos esquecer que, mesmo as grandes coligações tendo mais tempo de propaganda, também lançarão mão das redes sociais para maximizar seus votos. Sendo assim, aqueles candidatos que têm mais recursos para contratar empresas especializadas, técnicos de redes sociais e marqueteiros terão, mais uma vez, chances sobre os demais”, destacou o professor.
Para Lúcio Flávio, o tempo de rádio e televisão é decisivo na campanha eleitoral, principalmente este ano, quando o período de campanha é de apenas 45 dias. “Por isso as candidaturas precisaram formar uma aliança com o maior número possível de partidos. Não por uma questão ideológica ou programática, mas sim visando ampliar a quantidade de tempo para o rádio e a televisão”, revelou.
Ele lembrou que as eleições presidenciais nos últimos 20 anos ganharam os dois partidos que tinham mais tempo de rádio e TV. O PSDB (1994 e 1998) e o PT (2002, 2006, 2010 e 2014). “Lembrando que Fernando Henrique Cardoso tinha mais tempo e Lula e Dilma o segundo em mais tempo em 24 anos. A única exceção foi a eleição de 1989, quando Lula e Collor tinham pouco tempo e foram para o segundo turno”, frisou.
Embora uma pesquisa do Ibope de novembro do ano passado tenha mostrado que, pela primeira vez, a internet será o fator mais influente para o eleitor definir o voto à presidência da República, de acordo com os próprios eleitores ouvidos, marqueteiros são enfáticos ao dizer que as redes sociais não funcionam como uma “varinha mágica”.
Segundo o levantamento, 56% dos brasileiros disseram que as redes sociais terão algum grau de influência na escolha do candidato – 36% acham que elas terão muita influência.
Na busca por mais espaço
Na Paraíba é possível observar a grande presença dos candidatos, que disputarão o pleito de outubro, nas redes sociais, principalmente em duas delas: no Instagram e no Facebook. A grande maioria possui contas e aqueles que ainda não têm, começam a buscar ajuda para entrar no mundo virtual. É o caso da candidata ao Governo da Paraíba, Rama Dantas, que terá um tempo total de 11 segundos por dia no guia de rádio e televisão.
Rama disse que as redes sociais serão importantes no processo de diálogo com os paraibanos durante a campanha eleitoral. “Para a gente que não tem muito tempo de TV, as mídias sociais são extremamente importantes porque são ferramentas que chegam ao eleitorado e aos trabalhadores de forma bem mais rápida e direta. O nosso público tem acesso aquilo que a gente quer transmitir e discutir em qualquer local que estejam por meio de um celular”, destacou. De acordo com a candidata, foi necessário montar uma equipe especializada em redes sociais para a campanha.
O candidato Tárcio Teixeira também recorreu a ajuda profissional este ano. “Só não vou virar um desses candidatos fake que não sabe o que se passa em suas redes sociais. Gosto de participar diretamente das minhas redes e pretendo seguir assim”, afirmou.
Novidade na internet
O impulsionamento de conteúdo (posts) na propaganda eleitoral na internet pode até ser pago, desde que identificado de forma inequívoca como tal, e contratado exclusivamente por partidos, coligações ou candidatos. Ele é caracterizado por aquelas aparições (texto ou vídeo) que surgem na tela do computador quando se acessa algum site na internet, ou seja, aparece na timeline (linha do tempo) dos usuários de alguma rede social, e também pode ocorrer quando se acessa algum site de busca, como o Google ou Yahoo, por exemplo. Esta última forma de impulsionamento encontra-se prevista expressamente no art. 26, § 2º, da Lei nº 9.504/97, na forma de “priorização paga de conteúdos” nas aplicações de busca na internet, o que significa que se pode pagar para o conteúdo (post) aparecer com prioridade nos resultados obtidos na pesquisa.
Com isso quero dizer, em resumo, que fica liberado o uso de mídias digitais para impulsionar a propaganda eleitoral do candidato, assim como para garantir a sua posição de destaque nos grandes buscadores (Google e outros semelhantes), devendo atentar-se para que na publicação conste a palavra “patrocinado”, não se podendo esquecer que estas despesas precisam ser devidamente declaradas à Justiça Eleitoral.
Atenção especial precisa ser tomada no sentido de que novo impulsionamento não poderá ser feito no dia da eleição, o que configura crime eleitoral.
Outra informação importante é que os provedores que disponibilizarem o recurso de impulsionamento serão obrigados a ter um canal de comunicação com seus usuários, o que poderá ser útil no caso de alguma decisão judicial.