Uma lista de pedidos inusitados na campanha eleitoral surge todo ano de eleições e faz alguns candidatos terem histórias das mais engraçadas para contar. Embora o assunto seja sério, já que ‘doação’ de qualquer tipo de item nesse período é terminantemente proibido pela legislação eleitoral, algumas solicitações são realmente extraordinárias. O levantamento desses pedidos estranhos foi feito pelo jornalista Henrique Lima, da rádio 98 FM/Correio Sat.
Veja o caso do deputado estadual e candidato à reeleição Raniery Paulino (MDB), por exemplo. O parlamentar já chegou a receber um pedido que envolvia um elefante. “Existem demandas de todas as ordens. Algo inusitado já aconteceu comigo, não na campanha, mas aconteceu. Uma pessoa me ligou para transportar um elefante que estava em Mamanguape até João Pessoa, de fato foi muito inusitado. Eu até brinquei, disse que poderia ajudar no combustível do transporte, mas fazê-lo mesmo não seria possível”, contou aos risos Raniery Paulino.
Depois de um elefante, pouca coisa pode parecer mais inusitada. Contudo, imagine um candidato ficando praticamente pelado em um evento de campanha? Foi o que quase aconteceu com o deputado Tovar Correia Lima (PSDB). “Outro dia desses me deram uma camisa com meu nome. Eu fui para um evento com essa camisa e uma pessoa me viu e queria tirar minha camisa, porque disse que gostava muito de mim e queria a roupa como lembrança. Eu disse que não podia, pois não poderia ficar sem camisa no evento e aí a pessoa queria que nós trocássemos. Só que ela estava com uma camiseta feminina e não deu certo”, relatou o deputado também sorrindo.
Depois de um elefante, pouca coisa pode parecer mais inusitada. Contudo, imagine um candidato ficando praticamente pelado em um evento de campanha? Foi o que quase aconteceu com o deputado Tovar Correia Lima (PSDB). “Outro dia desses me deram uma camisa com meu nome. Eu fui para um evento com essa camisa e uma pessoa me viu e queria tirar minha camisa, porque disse que gostava muito de mim e queria a roupa como lembrança. Eu disse que não podia, pois não poderia ficar sem camisa no evento e aí a pessoa queria que nós trocássemos. Só que ela estava com uma camiseta feminina e não deu certo”, relatou o deputado também sorrindo.
O beijo do candidato
Há quem recuse elefante e roupa e deseje algo mais sentimental. Com o deputado Tião Gomes foi assim que aconteceu. Um beijo era o único pedido do eleitor ao seu candidato. “Tem muitas histórias nessas caminhadas. Aconteceu uma coisa interessante há pouco tempo. O cara chegou e me pediu um beijo. Eu chamei o rapaz e disse: você quer dar um beijo em mim ou nesse cara aqui, que era meu amigo. O cara deu um beijão, mas não perdi a brincadeira e nem o amigo”, lembrou.
Candidato reconcilia casais
E por falar em sentimento, também tem quem acredite que a influência de um parlamentar pode fazer a amada voltar atrás na separação e se reconciliar. “As vezes chega um pedido aí pra gente conversar com a companheira pra ela voltar, acha que como deputado eu poderia influenciar na minha fala, no meu pedido, e assim eu já fiz. O amor quem resolve são os dois, a gente tenta conciliar. Uma palavra amiga. O casal depois desmanchou de novo”, conta o deputado João Gonçalves que atuou como cupido em uma separação.
Pedidos ultrapassam a comédia e beiram a ilegalidade
Como dito no início dessa reportagem, qualquer tipo de doação é ilegal nesse período de campanha. E alguns eleitores que tanto criticam aqueles políticos que se envolvem em casos de corrupção acabam tomando uma atitude que também é ilegal: a de pedir produtos ou benefícios em troca de seus votos, como relata o deputado Aníbal Marcolino.
“Chegam e dizem que só votam se der um saco de cimento, um milheiro de tijolo, para pagar a conta de água, de luz, o emplacamento do carro. Acho que se as pessoas querem mudar o Brasil têm que começar escolhendo políticos honestos que queiram fazer alguma coisa. Tem gente que quer saber da boca de urna, que é ilegal, dizendo que tá com uma lista, que sabem que é ilegal e as pessoas vão receber esses recursos e vão desaparecer”, contou.
Pedidos foram menores nas eleições 2018
Com a campanha reduzida a 45 dias, os pedidos acabaram diminuindo, segundo o deputado Adriano Galdino. “Essa campanha está diferente, esse peditório diminuiu. Por essa campanha ser muito curta, essas coisas estão muito diferentes. E tem muita gente também cobrando posição do eleitor. Uma senhora me fez um pedido, mas a vizinha dela que estava sentada em um banco a recriminou na hora. Disse: olhe isso é errado e a gente tem que se portar com a consciência e honestidade para os políticos trabalharem”, narrou.
Caixa 2 nas eleições
O deputado Janduhy Carneiro alertou para os riscos que esses pedidos trazem tanto para o eleitor quanto para o candidato. “Os pedidos são benesses como pagamento de água, energia, dinheiro. A resposta é uma só: dentro do período eleitoral não posso atender, porque quando você faz isso é através de caixa dois. Os gastos têm que ser os permitidos e amparados pela legislação”, falou.