A promotora Adriana de França, da
Promotoria de Justiça Criminal de João Pessoa, recorreu da decisão do
juiz da 1ª Vara Criminal, Adílson Fabrício Gomes Filho, que negou pela
segunda vez a prisão do ex-zelador do colégio Geo Tambaú, acusado de
praticar estupro dentro da escola. O recurso foi impetrado no Tribunal
de Justiça que é a instância maior do estado.
As promotorias relatoras do processo
queriam que o ex-zelador ficasse preso preventivamente, durante a
instrução do processo, assim como aconteceu com três dos quatro
adolescentes acusados, que foram apreendidos na última segunda-feira. O
quatro está sendo procurado.
O ex-zelador e os quatro adolescentes
estão sendo acusados de abusar sexualmente de quatro alunos de oito anos
de idade, no banheiro do colégio, que fica no bairro de Tambaú. De
acordo com a investigação, entre fevereiro e maio de 2018, as vítimas
foram ameaçadas e obrigadas a sair da sala de aula, durante as aulas,
para ir ao banheiro e serem abusadas.
Participação
A participação do ex-zelador, que ajudava
os menores na execução do crime, interditando o banheiro no momento dos
abusos e também participando deles, fez com que o processo fosse
dividido entre a Vara da Infância e o 1º Vara Criminal, que assumiu a
investigação sobre o adulto. A promotora Adriana França não quis
comentar detalhes do processo, mas confirmou que foram feitos dois
pedidos de prisão.