Há 195 anos foi travada no Riacho das Pedras, em Itabaiana, a mais
importante batalha realizada na Paraíba. De um lado, os Republicanos da
Confederação do Equador, que lutavam contra o absolutismo do Império; do
outro, os Legalistas, conservadores, aliados de Dom Pedro I.
A cidade de Itabaiana viveu, em 1824, a maior batalha já travada em
solo paraibano, de brasileiros separatistas e republicanos contra os
prepostos de Portugal. Os historiadores contam que os rebeldes,
liderados por Félix Antonio Ferreira de Albuquerque, contavam com mil e
quinhentos soldados. O combate se deu no Riacho das Pedras, com muitas
mortes depois de quatro horas de luta. Cada grupo recuou: os legalistas
voltaram para Pilar, e os revolucionários foram para Juripiranga, de lá
fugindo para o Ceará. Entre eles estava o famoso Frei Caneca, um
religioso que deu sua vida pela liberdade do Brasil.
Maria Joaquina de Santana era mulher do Capitão Félix Antonio, ela
uma paraibana de fibra, que lutou até o último momento pela liberdade e
pela honra do seu marido e de sua pátria. Ela foi o símbolo da valentia
da mulher paraibana na Confederação do Equador, tendo um papel de
destaque nas lutas dos revolucionários separatistas, os primeiros
choques entre brasileiros e portugueses pela independência do Brasil. Em
Itabaiana, os revoltosos esperaram reforço prometido de Pernambuco, que
nunca chegou.
Capitão Félix Antônio, revolucionário da Batalha de 1824, (travada no
Riacho das Pedras, entre Republicanos da Confederação do Equador e
Tropas Legalistas do Império); a batalha travou-se por quatro horas com a
participação de três mil e quinhentos homens. O Tenente Coronel Estevão
José Carneiro da Cunha comandava o exército legalista não havendo
vencedor. Como saldos da Batalha, 23 confederados foram mortos e 30
soldados legalistas foram presos. O escritor Joaquim Inojosa
expressou-se “Razão têm os Itabaianenses de festejarem essa data que
forma uma das belas páginas da história brasileira, diretamente de sua
cidade”
Aquela batalha, a mais importante da Confederação do Equador, ficou
marcada pela figura de uma mulher corajosa. Já dizia o filósofo francês
André Comte Sponville, que “a coragem é a mais admirada das virtudes,
desfrutando um prestígio que independe da época nem da sociedade. Em
toda parte e em qualquer tempo, a covardia é desprezada e a coragem é
estimada”.