A Paraíba tem 32 municípios que apresentaram índices que demonstram situação de risco para ocorrência de surto e/ou epidemia por arboviroses, como dengue, zika e chikungunya. O número representa 14,4% dos 223 municípios de todo o estado. Outros 133 municípios (59,9%) encontram-se em situação de alerta e 57 (25,7%) estão em situação satisfatória.
As cidades com maior risco são Alagoa Nova, Juazeirinho, Pilar, Matureia, Pedra Lavrada, Juarez Távora, Pirpirituba, Itatuba, Cuité, Princesa Isabel, Mogeiro, Desterro, Soledade, Pedra Branca, Serra Branca, Salgadinho, Imaculada, Assunção, Sousa, Serra Grande, Araruna, Mulungu, Patos, Juripiranga, Seridó, Juru, Brejo do Cruz, Cajazeiras, Nova Floresta, Massaranduba, Picuí e Conceição.
Os dados fazem parte do Levantamento Rápido de Índices para o mosquito Aedes Aegypti – LIRAa/LIA, de 2020, realizado por 222 municípios, de 6 a 10 de janeiro, divulgado nesta terça-feira (28) pela Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES). Apenas Riachão não realizou o LIRAa.
O objetivo da pesquisa é nortear as ações de combate contra o mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika e promover comunicação e mobilização, por meio de ampla divulgação dos resultados na mídia estadual.
“Divulgar os resultados é uma importante ferramenta para obter o apoio das ações de enfrentamento do problema nos municípios, podendo contar com a adesão da população e de setores externos ao âmbito da saúde”, disse o chefe do Núcleo de Fatores Biológicos da SES, Luiz Almeida.
“Os focos do mosquito, na grande maioria, são encontrados dentro de casa, quintais e jardins. Daí a importância das famílias não esquecerem que o dever de casa, no combate, é permanente. Pelo menos uma vez por semana deve ser feita uma faxina para eliminar copos descartáveis, tampas de refrigerantes e lavar bem a caixa d’água e vedar. Além de não deixar água acumulada em pneus, calhas e vasos e deixar garrafas cobertas ou de cabeça para baixo”, alertou Almeida.
LIRAa mede risco de surto
Todos os 223 municípios deverão realizar, anualmente, quatro ciclos de LIRAa ou LIA (este último para municípios abaixo de 2.000 imóveis), de modo amostral, nos meses de janeiro, março, junho e outubro. Os quarteirões, onde ocorrerá o levantamento, são escolhidos por sorteio eletrônico, através do Sistema LIRAa/LIA. As larvas encontradas são enviadas para os laboratórios das 12 Gerências Regionais de Saúde (GRS), onde são identificados se são do mosquito Aedes Aegypti.
A partir do levantamento, realizado pelos Agentes de Controle de Endemias dos municípios, é feita uma classificação de risco, proposta pelo Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Controle da Dengue: abaixo de 1% da quantidade de imóveis com larvas, é considerado satisfatório; entre 1 e 3,9%, em alerta; e acima de 3,9%, em risco para ocorrência de epidemia. Portal Correio