A reeleição não é mais um fenômeno tão novo na democracia brasileira.
Desde as eleições de 1998 o instituto está presente nas disputas para os
cargos do Executivo e, de lá para cá, parece ter mantido o mesmo
indicativo: quem disputa a reeleição vai para o embate com uma vantagem
considerável diante dos adversários. Os números indicam isso. Em 1998,
por exemplo, 14 dos 21 governadores que foram para reeleição saíram das
urnas vitoriosos.
Este ano, aqui na Paraíba, o cenário não foi diferente. A maioria dos
prefeitos que disputou as eleições conseguiu se reeleger.
Um levantamento feito pelo blog, com base em dados do TSE, revela que
dos 44 que se lançaram na disputa, pelo menos 31 foram reeleitos –
70,4%. O número, porém, não é tão preciso. É que o banco de dados do TSE
deixou de fora do ranking dos reeleitos gestores como Zezé, em Santa
Luzia; Nobinho, em Esperança; e Fábio Ramalho, de Lagoa Seca. Ou seja: o
número pode ser bem mais significativo.
Muitos dos que não conseguiram um novo mandato tiveram os registros de
candidatura barrados pela Justiça. É o caso, por exemplo, do prefeito de
Alhandra, Renato Mendes; e Bevilacqua Matias, em Juazeirinho.
Mas alguns foram derrotados nas urnas mesmo. Na lista estão o prefeito
de Alagoa Nova, Aquino Leite; de Junco do Seridó, Kléber Fernandes; e de
Catingueira, Dr. Odir – para citar alguns exemplos. Foram poucos.
Em uma democracia onde o peso da ‘máquina’ ainda é elevado, há
basicamente duas explicações para uma eventual derrota: uma gestão
desastrosa ou falta de habilidade política para conduzir o processo.