Mesmo com a prorrogação da desoneração dos combustíveis assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o botijão de gás de cozinha deve sofrer aumento de até R$ 2 no preço na Paraíba. O presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado da Paraíba (Sinregás), Marcos Antônio, disse que o reajuste será necessário para cobrir despesas operacionais e tributação estadual. Antes do presidente Lula assinar a prorrogação, o Sinregás previa alta de até R$ 5 no preço do botijão. Nessa segunda-feira (2), Marcos Antônio explicou ao Correio Debate, da Rede Correio Sat, que o reajuste menor será para cobrir frete dos produtos e o Preço Médio Preponderante final (PMPF), aplicado ao tributo quinzenalmente, com o agravante de incidir sobre o valor maior comercializado, não pela média de preço praticado, como estabelece o critério de cálculo a ser aplicado. O gás de cozinha que estava sendo vendido em média a R$ 110 à vista passará a custar até R$ 112.
Nas vendas a prazo, o botijão de 13 kg que estava sendo comercializado a R$ 120, o consumidor vai pagar R$ 122.
=== Sindipetro: maioria não mexeu nos preços ===
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Derivados de Petróleo na Paraíba (Sindipetro-PB), Omar Hamad, disse ao Correio Debate que algumas revendedoras já tinham repassado aumentos antes do ano terminar, mas que a maioria não mexeu nos preços. Hamad espera agora que aquelas revendedoras que alteraram os preços façam a redução para o patamar de valores anterior. “A gente não experava [a prorrogação da desoneração] e na quinta, sexta já tinham sido passados alguns aumentos expressivos, mas a maioria não mexeu nos preços. Agora a gente aguarda para que esses valores voltem ao que eram antes do reajuste”.
===Prorrogação===
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assinou uma série de atos nesse domingo (1º), o primeiro dia do mandato dele. Segundo o R7, entre as medidas estão a prorrogação da isenção fiscal de impostos federais sobre combustíveis, a continuidade do pagamento de R$ 600 do Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família, e a revogação de normas que ampliaram o acesso a armas de fogo. A desoneração de impostos federais sobre combustíveis será prorrogada por 60 dias. A medida havia sido estabelecida pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2019 e teve validade até o fim de 2022. Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegaram a dizer no ano passado que não dariam continuidade à estratégia, mas recuaram.