A Justiça manteve a prisão preventiva de Padre Egídio de Carvalho, suspeito de desviar mais de R$ 140 milhões do Hospital Padre Zé. Egídio foi preso na manhã desta sexta-feira (17), onde passou por audiência de custódia. O padre seguirá para o 5º Batalhão de Polícia Militar no Valentina e ficará em uma cela especial. De acordo com o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), os desvios teriam sido feitos através do Instituto São José, responsável pelo Hospital Padre Zé, e da Ação Social Arquidiocesana, e ocorreram entre 2013 e setembro deste ano.
O padre Egídio de Carvalho foi preso na manhã desta sexta-feira (17), durante a segunda fase da Operação Indignus, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Após o cumprimento do mandado prisão, ele foi encaminhado para o Instituto de Polícia Científica (IPC), onde passou por exame de corpo de delito. Depois, ele foi conduzido para Central de Polícia no bairro do Geisel, onde vai permanecer à disposição da Justiça. O Gaeco afirma que as investigações revelaram um esquema estimado em cerca de R$ 140 milhões. Os desvios teriam sido feitos através do Instituto São José, responsável pelo Hospital Padre Zé, e da Ação Social Arquidiocesana, e ocorreram entre 2013 e setembro deste ano.
Padre Egídio gastou mais de meio milhão para esbanjar obras de arte e objetos de decoração de luxo durante a pandemia --- Nem só de vinhos importados vivia Egídio de Carvalho, enquanto diretor do Hospital Padre Zé. Ostentar era o 'hobby' preferido do "santo padre". Além dos imóveis de alto padrão adquiridos com dinheiro desviado da instituição, 30 cachorros de raça, móveis de luxo e salário exorbitante, Egídio gastou mais de meio milhão de reais para esbanjar obras de arte e objetos de decoração durante a pandemia. Conforme apurado pelo ClickPB, somente entre 2020 e 2022, foram gastos R$ 350 mil com quadros e itens que decoravam, principalmente, a granja situada no município de Conde. De acordo com as investigações, anotações realizadas pela ex-tesoureira Amanda Duarte mostram os valores gastos com a aquisição de obras de artes e relíquias religiosas como: imagens sacras, adornos feitos em prata, cristal e madeira, entre outras obras primas. Tudo comprado com o dinheiro retirado das contas bancárias do Hospital Padre Zé e da Associação Social Arquidiocesana (ASA). Como visto pelo ClickPB, há comprovantes de transferência bancária no valor de R$ 128.900 para Juliana Machado Zanini, sócia-administradora da Santa Fé Antiguidades, localizada em São Paulo. Para quem foi transferido, entre 2020 e 2022, o total de R$ 350 mil para aquisição de objetos de decoração. Além disso, mensagens de WhatsApp enviadas pelo padre Egídio à ex-tesoureira Amanda Duarte comprovam o pagamento de R$ 80.400 à Zuleide Soares Carvalho, proprietária de um atelier em São Paulo. O valor é referente à compra de quadros com recursos do Hospital Padre Zé. Apenas 11 deles foram encontrados nas dependências do hospital. Dezenas decoravam a granja do padre, localizada no Conde. Conforme calculado pelo ClickPB, o padre Egídio gastou um total R$ 559.300 com obras de arte, itens de decoração e relíquias religiosas, sendo R$ 209.300 somente em 2022.
Padre Egídio, Jannyne e Amanda são alvos de mandados de prisão por desvios de R$ 140 milhões no Instituto São José --- O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público do Estado da Paraíba (Gaeco) está cumprindo na manhã desta sexta-feira (17) mandados de prisões contra o padre Egídio de Carvalho, ex-diretor do Hospital Padre Zé, a ex-diretora financeira Jannyne Dantas e a ex-tesoureira Amanda Duarte, todos acusados de desvios de recursos públicos e doações. Segundo apurou o ClickPB, a decisão do desembargador Ricardo Vital do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) foi tomada após recurso impetrado pelo Ministério Público da Paraíba. Segundo o ClickPB apurou, a operação desta sexta-feira (17) é fruto de uma força-tarefa composta pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado da Paraíba, Polícia Civil, Receita Estadual, Controladoria Geral do Estado e Tribunal de Contas. O ClickPB apurou que as investigações revelaram um esquema de corrupção envolvendo o desvio de dinheiro público na ordem de R$ 140 milhões. Este esquema criminoso foi conduzido pelo padre Egídio de Carvalho através do Instituto São José, que administra o Hospital Padre Zé, e da Ação Social Arquidiocesana durante 10 anos, entre 2013 e setembro do ano corrente. Os crimes investigados causaram grandes prejuízos a vários programas sociais vitais, incluindo a distribuição de alimentos para moradores de rua, suporte a famílias venezuelanas refugiadas, assistência a pacientes após alta hospitalar, oferta de cursos profissionalizantes, preparo de estudantes para o ENEM, cuidado de pacientes com HIV/AIDS, entre outros. Além disso, estas atividades criminosas impactaram severamente o funcionamento do Hospital Padre Zé, prejudicando o atendimento a comunidades vulneráveis. O ClickPB noticiou no início do mês de outubro foi deflagrada a operação Indignus após virem à tona denúncias de um esquema de furtos das doações e recursos públicos recebidos pelo Hospital Padre Zé. Ainda no mês de setembro o padre Egídio foi afastado da direção do Hospital Padre Zé pela Arquidiocese da Paraíba. Uma nova equipe foi designada para comandar a unidade de saúde e determinou, inclusive, a realização de auditorias.