Desembargador Ricardo Vital rejeita embargos e mantém prisões de padre Egídio, Jannyne e Amanda, por desvios no Hospital Padre Zé --- O desembargador Ricardo Vital de Almeida rejeitou hoje os embargos de declaração das defesas do padre Egídio de Carvalho e das ex-diretoras do hospital Padre Zé, Amanda Duarte e Jannyne Dantas. Com isso ele manteve as prisões preventivas dos investigados. No caso de Amanda, já convertida em domiciliar. A defesa do religioso alegou problemas de saúde e a necessidade dele de cuidar de familiares idosos. Já os advogados de Jannyne argumentaram que a prisão deveria ser convertida em domiciliar por uma questão de equidade e isonomia. Dias atrás o ministro do STJ, Teodoro Silva, indeferiu um pedido da defesa do padre sem análise do mérito. Em nota, a defesa do padre Egídio afirmou que “segue confiante na Justiça Paraibana e Brasileira, de maneira a garantir os direitos constitucionais do mesmo. Irá recorrer aos Tribunais Superiores e tem plena convicção que a prisão do religioso, do ponto de vista da defesa, nada mais é do que uma verdadeira antecipação de pena”. Os advogados de Amanda e Jannyne ainda não se pronunciaram sobre a decisão de Ricardo Vital.
Semana passada as duas primeiras denúncias, oriundas da Operação Indignus, foram protocoladas na 4ª Vara Criminal de João Pessoa. Uma delas foi recebida e teve o sigilo levantado. A investigação no Padre Zé A investigação teve início após um suposto ‘furto’ de aparelhos celulares doados pela Receita Federal para as entidades. A partir daí a Polícia Civil e o Gaeco começaram a apurar possíveis desvios na gestão do Hospital e de outras instituições ligadas. No total, os investigadores estimam desvios de R$ 140 milhões. Um pedido de prisão do padre Egídio, Amanda e Jannyne chegou a ser negado pelo juízo da 4ª Vara Criminal da Capital, mas o desembargador Ricardo Vital de Almeida determinou, posteriormente, as prisões preventivas. No caso de Amanda ela cumpre agora prisão domiciliar. A defesa do padre Egídio ingressou junto ao STJ com o pedido de soltura, ou conversão da preventiva em domiciliar. O pedido foi indeferido pelo ministro Teodoro Silva, sem análise do mérito. Em um parecer dessa semana o MP pede a manutenção da preventiva e refuta as teses apresentadas pela defesa do religioso, de que ele enfrenta problemas de saúde e é responsável por cuidar de familiares idosos.