Por unanimidade, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba decidiu manter as prisões do padre Egídio de Carvalho Neto, e das ex-diretoras do Hospital Padre Zé, Amanda Duarte e Jannyne Dantas. Amanda seguirá em prisão domiciliar, enquanto os outros investigados continuam detidos em unidades prisionais.
Os três são investigados no âmbito da Operação Indignus, que apura desvios milionários no Hospital Padre Zé.
Durante o julgamento, o Ministério Público defendeu a manutenção das prisões, enquanto as defesas alegaram que não haveria mais riscos à ordem pública, nem à continuidade das investigações.
A Operação Indignus já possui duas ações penais em curso e os três são denunciados. No caso de Egídio e Amanda eles foram enquadrados nas duas denúncias. A investigação no Padre Zé
A investigação teve início após um suposto ‘furto’ de aparelhos celulares doados pela Receita Federal para as entidades. A partir daí a Polícia Civil e o Gaeco começaram a apurar possíveis desvios na gestão do Hospital e de outras instituições ligadas. No total, os investigadores estimam desvios de R$ 140 milhões.
Um pedido de prisão do padre Egídio, Amanda e Jannyne chegou a ser negado pelo juízo da 4ª Vara Criminal da Capital, mas o desembargador Ricardo Vital de Almeida determinou, posteriormente, as prisões preventivas. No caso de Amanda ela cumpre agora prisão domiciliar.
A defesa do padre Egídio ingressou junto ao STJ com o pedido de soltura, ou conversão da preventiva em domiciliar. O pedido foi indeferido pelo ministro Teodoro Silva, sem análise do mérito.
Em um parecer dessa semana o MP pede a manutenção da preventiva e refuta as teses apresentadas pela defesa do religioso, de que ele enfrenta problemas de saúde e é responsável por cuidar de familiares idosos.