O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas), pediu à Polícia Federal escolta para o deputado federal Ruy Carneiro (Podemos), candidato a prefeito de João Pessoa, após ameaças do crime organizado. Ruy prestou boletim de ocorrência no dia 15 de agosto após ter tido uma atividade de campanha suspensa por ordem de uma facção.
Conforme apurou o ClickPB, Arthur Lira encaminhou ofício para PF na quarta-feira (21). No pedido, Lira afirmou que, “nos últimos tempos, as disputas eleitorais têm sido marcadas por crescente violência a ameaçar o espírito democrático que deve permear as eleições em nosso país”, escreveu. Arthur Lira especifica que a segurança da Polícia Federal será feita apenas na Paraíba.
Em entrevista ao Estadão, Ruy Carneiro relatou que avisou a Arthur Lira sobre a situação e que haveria necessidade de ter uma escolta. “O problema é na comunidade. Eles [os traficantes] agem contra os grupos de trabalho, contra as pessoas que trabalham para mim.” Ruy Carneiro também informou na entrevista, que Sérgio Queiroz, candidato a vice-prefeito na chapa do ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga (PL), também relatou situações de ameaça.
--- Relembre o caso ---
O deputado federal Ruy Carneiro prestou um boletim de ocorrência após integrantes de uma facção criminosa ordenarem o encerramento de uma plenária, no bairro do Cristo, em João Pessoa.
“Um fato gravíssimo que aconteceu (hoje), que está filmado, gravado […] uma plenária temática da cultura num circo num Cristo. Quando nós estávamos nos dirigindo para lá, eu recebi um telefone da minha coordenação, avisando que traficantes estavam passando no local, avisando que o evento não ia acontecer. Se acontecesse ia ter tiro, ia ter morte, e estavam ameaçando o dono do circo”, explicou Ruy em transmissão ao vivo nas redes sociais.
--- Delegado especial no caso ---
O governador João Azevêdo determinou um delegado especial para investigar a denuncia. Conforme apurou o ClickPB, João Azevêdo informou nesta segunda-feira (19),que determinou uma apuração rigorosa sobre o caso. “Determinei que o secretário de segurança fizesse uma apuração extremamente rigorosa desse acontecimento”, afirmou o governador.