Donald Trump foi eleito o 47º presidente dos Estados Unidos. Com a vitória do republicano, o partido deve voltar a ter um representante na Casa Branca eleito com a maioria dos votos nos colégios eleitorais e dos votos populares.
Essa é a primeira vez que isso acontece em 20 anos. Até as 14h desta quarta-feira (6), Trump havia conquistado 279 votos dos colégios eleitorais e 71.572.431 votos populares, ante 223 colégios eleitorais e 66.697.834 da democrata Kamala Harris. Tradicionalmente, no último século, os presidentes americanos eleitos venceram tanto nos colégios quanto nos votos populares.
Há apenas duas exceções: George W. Bush, em 2000; e o próprio Trump, em 2016. Na eleição de 2016, que deu a Trump o seu primeiro mandato, o republicano venceu Hillary Clinton nos votos dos colégios eleitorais, mas perdeu nos votos populares. Em 2000, George Bush venceu o democrata Al Gore com 271 dos colégios eleitorais.
No voto popular, Bush perdeu por uma margem pequena, uma diferença de 537 mil votos. Vencer duplamente não muda o resultado da eleição. No entanto, a vitória dupla passa uma mensagem simbólica: Trump conquistou apoio popular. O que conta, na prática, é o desempenho nos colégios eleitorais.
Nos EUA, é apenas o número de delegados — espécies de representantes dos eleitores que refletem o resultado dos votos populares — que determina quem vencerá o pleito. Cada estado tem um número específico de delegados, e todos eles vão para o candidato que tiver o maior número de votos em cada estado. É por essa razão que ganhar apenas nos votos populares não elege um presidente americano.
Ao todo, os EUA têm 538 delegados. Para ser eleito é necessário receber o voto de 270. No geral, os votos dos delegados acompanham os votos populares, mas não são obrigados a fazer isso. Os republicanos também conquistaram a maioria no Senado e na Câmara, além de elegerem 8 governadores.