segunda-feira, outubro 25, 2010

A cara do PMDB

O PMDB não será o mesmo depois dessas eleições. O resultado da eleição no primeiro turno foi devastador para alguns partidários. Na campanha, faltaram atenção e respeito, sobraram mágoas e desilusões. Nada será como antes.

Quem fica e quem sai do partido? Sai Iraê Lucena e entra Cícero Lucena? Quem mais?

A primeira discussão, como já vem sendo anunciado, será sobre a expulsão da deputada Iraê Lucena. Afinal, ela desobedeceu publicamente a uma orientação do partido, ao anunciar apoio a Ricardo Coutinho. Mas será esse o melhor caminho para o PMDB? Isso resolve o problema da insatisfação interna?

Acredito que não. Eu entendo que a expulsão é como se fosse o primeiro chute pra desmontar a barraca. Vai ser tanto "disse-me-disse", "foi-não foi", "vai-não vai" que a emenda pode sair pior que o soneto. Os arranhões podem virar feridas mortais. O partido pode rachar, descaracterizar-se, assumir novas feições.

O PMDB não vai melhorar em nada se Iraê for expulsa. Apesar de sua “traição”, ela é um quadro de qualidade e um pouco de indulgência não faria mal aos peemedebistas mais exaltados.

E se for mesmo verdade o que o competente blogueiro Luis Torres disse sobre um provável acordo entre Maranhão e o tucano Cícero Lucena para o governo do Estado num futuro próximo? Como ficarão os irmãos Vital?

É outro capítulo que veremos, pós-eleição, da novela do PMDB. Pode acontecer uma “briga de foice”. Como disse Torres, os irmãos Vital farão de tudo pra tomar o partido e não deixar esse plano – se for mesmo verdadeiro – ir adiante. Acredito que, mesmo se esse acordo pra eleger Cícero governador for desmentido, a confusão já foi gerada, a desconfiança já está enraizada.