Por certo, credibilidade não é a meta do Ibope.
Aliás, parece que tem obsessão por errar. E coragem pra, depois do vexame que passou no primeiro turno quanto chegou a dar uma pesquisa Boca de Urna dando vitória de José Maranhão com sete pontos, ainda se arriscar a divulgar um resultado na véspera de uma campanha em que o cenário aponta para um quadro extremamente adverso para candidatura governista.
Nesta campanha mesmo, o Ibope chegou a se enrolar ao fazer duas pesquisas no mesmo período e para contrantes distintos apontando números divergentes. Ou seja, passou a errar e mentir tanto que se confunde com os próprios erros.
O pior foi o que aconteceu nos bastidores dessa confusão. Algo que ficou escondido até hoje, mas que passo a relatar agora, mesmo que de forma superficial, em nome de uma defesa intransigente da necessidade de se moralizar o exercício dos institutos de pesquisa.
Até para que os institutos honestos – que são raros – não possam ser criminalizados injustamente.
Quando a confusão das duas pesquisas Ibope estourou e o instituto foi ameaçado de ser processado, um dos sócios disse com todas as letras para a parte prejudicada: “Não façam nada que nós compensamos na próxima pesquisa a favor de vocês!”. Uma declaração que resume e traduz toda a ausência de responsabilidade que conduz as ações do Ibope.
Espanta o fato de um sistema de comunicação do tamanho e do porte da TV Cabo Branco, afiliada da Globo, insistir em manter contrato com o Ibope. Não percebem os donos do sistema Cabo Branco que saem tão arranhados quanto o instituto no final das campanhas.
Pelo histórico de erros, o Ibope deveria ser proibido de fazer pesquisa na Paraíba. Tem a mesma credibilidade de uma nota de trinta reais. E um inimigo à altura: as urnas.