quinta-feira, outubro 21, 2010

Ministro com assento no STF, presidente do TSE vota a favor de Cássio.

Ministro com assento no STF, presidente do TSE vota a favor de Cássio e reforça ânimo dos advogados de defesa para julgamento na Corte Suprema.

Os advogados de Cássio Cunha Lima entram até domingo com recurso junto ao Supremo Tribunal Federal para assegurar o mandato do tucano, endossado por um milhão, quatro mil e centro e oitenta e três votos.

Uma coisa os anima, apesar da decisão desta noite, quando o Tribunal Superior Eleitoral resolveu manter, por 4 a 3, decisão do TRE paraibano que impugnou registro do tucano, com base na Ficha Limpa

. Foi o voto do presidente do TSE, Ricardo Lewandovisk. Não porque ele é mais bonito ou mais rico do que os demais ministros. Mas porque tem assento no STF e da primeira vez que o Supremo se reuniu para debater o Ficha Limpa no caso Joaquim Roriz, ex-governador do DF, Lewandovisk, ficou a favor da Lei.

Hoje, ao apreciar especificamente o caso de Cássio, ele chegou a considerar absurda a posição dos ministros que apontaram para ampliar a inelegibilidade do tucano. É uma posição que certamente será repetida no STF, assim como a do ministro Marco Aurélio, que também votou com Cássio hoje à noite.

Assim, levando em consideração aquele cinco a cinco do caso Roriz, Cássio teria, em tese, o voto de Lewandovisk. Coisa que Roriz não teve. Isso deu novo ânimo jurídico aos advogados de Cássio. Que alimentaram uma esperança em ver o ex-governador liberado pelo TSE depois das posições tomadas em favor de Ronaldo Lessa e Charles Lucena, candidato a deputado estadual em Pernambuco.

Do ponto de vista do efeito político, a decisão do TSE parece não interferir na disputa estadual em desfavor da oposição. Primeiro pela crença no julgamento do STF. Depois porque, em caso de vitimização, a punição a Cássio exerce o papel de um “reforço” emocional à candidatura de Ricardo Coutinho (PSB).

Os advogados de Cássio acreditam que o STF enfrentará o caso dele antes da data da diplomação dos eleitos.