quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Denúncias de Luzemar são gravíssimas.

Ninguém nunca conseguiu resumir, de forma tão didática e simples, as irregularidades cometidas pelo governo José Maranhão, como fez o secretário-chefe da Controladoria Geral do Estado, Luzemar Martins.

Uma a uma ele enumerou as principais transgressões cometidas na gestão passada. É um caso claro de improbidade e, aliás, quem assim avalia é o próprio Luzemar. Vejam o que ele disse na entrevista que concedeu aos jornalistas Célio Alves, Cláudia Carvalho e Aritmatea de Souza da FM 101:

-Descumprir os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal em relação aos gastos com a folha de pagamento é uma transgressão que implica num ato de improbidade administrativa e isto terá de ser apreciado pelo Tribunal de Contas do Estado.

Mas o secretário-chefe da Controladoria Geral não ficou por aí. Citou outras irregularidades tão ou mais graves do que o desrespeito à Lei Fiscal. Entre elas, merece destaque a revelação de que o governo se utilizou de recursos de convênios federais para pagamento de servidores.

Diz ainda algo quase inacreditável: o governo Maranhão fez transferências de recursos da conta bancária do Estado para contas de fornecedores. E lembra, a seguir, a não quitação de despesas com fornecedores de medicamentos e cooperativas médicas, deixando contas para ser saldadas pelo novo governo.

E finalmente faz comentários sobre a contratação de prestadores de serviço em quantidade muito difícil de precisar por conta da situação caótica que o Estado vivia.

São denúncias tão pesadas, tão comprometedoras, que chega a causar espanto o fato de o ex-governador José Maranhão ainda não ter vindo a público para dar explicações aos paraibanos.

A considerar tudo o que o secretário Luzemar Martins disse, não há dúvidas: é um caso escandaloso de improbidade administrativa.