A definição do cargo para o ex-governador José Maranhão (PMDB) deve ocorrer em 15 dias. Esse, pelo menos, é o prazo estimado pela legenda peemedebista para o envio de uma lista com a indicação dos nomes e dos cargos que pretende ocupar no segundo escalão. A expectativa, inclusive, foi confirmada nesta semana pelo senador Wilson Santiago (PMDB).
As perspectivas para a definição do cargo são muito boas. O único porém diz respeito à importância da função, que deve ficar muito aquém do desejado pelos peemedebistas paraibanos. Tudo em função de uma exigência feita pela presidente Dilma Rousseff (PT), que cobrou, junto com as indicações, a especificações sobre a capacidade técnica dos indicados.
Especula-se que o cargo prometido para Maranhão seja a vice-presidência de Loterias da Caixa, um prêmio de consolação bem abaixo da biografia do peemedebista. Mas não adianta esperneio. Recentemente, o partido tentou emplacar o presidente de Furnas e teve que ouvir um sonoro não da presidente Dilma Rousseff. Um fato que descontou os caciques da legenda.
Semana passada, em uma conversa com o vice-presidente Michel Temer, a presidente disse que não aceitará pressões de setores do partido por causa das nomeações para o segundo escalão. Temer, por sua vez, pediu a ela que aguardasse alguns dias para resolver a situação interna do PMDB. A conversa ocorreu, no Palácio do Planalto.
Há alguns dias, a presidente também pediu aos peemedebistas que conduzissem as conversas internamente, sem vazamentos. No decorrer de toda a semana, o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, e o de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, tiveram uma série de reuniões com os peemedebistas sobre a repartição dos cargos de segundo escalão.