FOI ELE! TESTEMUNHA DO “CASO MANOEL MATOS” DIZ QUE DEPUTADO MANOEL JÚNIOR PAGOU R$ 40 MIL PARA PISTOLEIRO EXECUTAR VEREADOR EM PEDRAS DE FOGO.
Escândalo. Em entrevista ao programa radiofônico Correio Debate, do Sistema Correio de Comunicação, uma testemunha do assassinato do advogado Manoel Matos, executado a tiros em janeiro de 2009 na praia de Pitimbu, litoral paraibano, afirmou que o deputado federal Manoel Júnior pagou a quantia de R$ 40 mil, para que pistoleiros executassem um vereador do município de Pedras de Fogo, interior paraibano.
Escândalo. Em entrevista ao programa radiofônico Correio Debate, do Sistema Correio de Comunicação, uma testemunha do assassinato do advogado Manoel Matos, executado a tiros em janeiro de 2009 na praia de Pitimbu, litoral paraibano, afirmou que o deputado federal Manoel Júnior pagou a quantia de R$ 40 mil, para que pistoleiros executassem um vereador do município de Pedras de Fogo, interior paraibano.
Ainda durante entrevista, temendo pela vida, a testemunha denunciou também o envolvimento de juízes, promotores e policiais neste tipo de crime. “Vou relatar, pois estou para ser executado. Quero que gravem, porque a qualquer momento posso ser assassinado”, disse.
O deputado federal Luiz Couto (PT) denunciou, nesta quinta-feira, que o grupo de extermínio que atua entre a Paraíba e Pernambuco está tentando matar as testemunhas do caso Manoel Mattos. De acordo com o parlamentar, os envolvidos querem evitar que as pessoas prestem esclarecimento sobre o crime na Justiça Federal, que é a instância que vai apurar o assassinato do advogado. Mattos foi morto em 2009, na Praia de Pitimbu, litoral sul paraibano.
“Eles estão ameaçando e tentando amedrontar as testemunhas. Eles viram que com a federalização do caso, o crime não passaria impune”, disse Luiz Couto. O parlamentar citou como exemplo Absom Mattos, primo de Manuel Mattos, que teria sido perseguido por uma moto nesta semana. “Ele foi uma das testemunhas que contribuiu muito para a prisão de alguns mandantes e também denunciou algumas pessoas que não foram presas”, disse Couto.
O parlamentar disse, inclusive, que Absom já pediu para ser incluído no programa de proteção à testemunha, mas o pedido ainda não foi atendido. “Eu já repassei essa informação ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que ficou de conversar com o governador para tentar assegurar essa proteção”, destacou Luiz Couto. Ele disse ainda que o ministro pretende fazer uma reunião com Ricardo Coutinho (PSB) na Paraíba para discutir a questão dos crimes de extermínio.
Segundo Couto, as ameaças não são apenas contra as testemunhas do assassinato de Mattos, mas também com pessoas que denunciaram outros crimes supostamente cometidos pelo grupo de extermínio.
O deputado informou ainda que nesta sexta-feira vai fazer uma visita ao Ministério Público Federal da Paraíba para saber dos encaminhamentos que estão sendo dados com relação a investigação da morte de Manoel Mattos.
“Nessa luta a gente entra e não pode parar, nós enfrentamos uma organização que atua na calada da noite e temos que estar sempre vigilantes. Temos a proteção da Polícia Federal e isso inibe um pouco”, completou o deputado.
Justiça Federal
No último dia 1º, o procurador da República Werton Magalhães Costa, assinou manifestação com providências de saneamento do processo relacionadas à existência regular de pedidos de ingresso de assistente de acusação, bem como no tocante à intimação das defesas sobre o recebimento do processo pela 2ª Vara da Justiça Federal.
Logo após, o processo terá seguimento e passará à fase das alegações finais. Além disso, a manifestação do Ministério Público Federal referente ao caso Manoel Mattos já foi para a 2ª Vara da Justiça Federal ontem (2).