O primeiro passo para quem almeja aprovação em concurso público é a leitura do edital, onde estão detalhadas todas as regras do certame. No entanto, não são poucos os candidatos que pensam que a única informação importante contida no edital é referente à quantidade de vagas e o local de realização das provas. Mas não é só isso. A leitura atenta ao edital é de fundamental importância, pois isso é capaz de eliminar o candidato que, por exemplo, comparece ao local de prova portando celular, mesmo sendo proibido.
Para os especialistas, ‘o edital é a lei do concurso’. Uma leitura apressada pode colocar tudo a perder, mesmo que o candidato seja o mais preparado em relação ao conteúdo programático que será cobrado. A primeira leitura deve ser informativa, através da qual o concurseiro vai saber quantas vagas o concurso está oferecendo, a localidade das vagas, o valor da taxa de inscrição, entre outras informações ‘mais superficiais’. Em praticamente todos os concursos, há candidatos que se esforçam, têm conhecimento, mas que serão prejudicados pela falta de atenção.
No final, não há como evitar a frustração. O coordenador de negócios do Cespe/UnB, Jaque do Carmo, diz que entre os riscos da leitura superficial do edital está o aprofundamento em assuntos que não serão cobrados na prova. “Também pode acontecer do candidato estudar conteúdos que não terão muito peso na hora da correção”, explica. O coordenador revela que são muitos os casos nos quais os candidatos são prejudicados por não lerem atentamente o edital.
“O edital é o primeiro passo para se dar bem no concurso, pois ele determina o que é proibido como todas as regras do certame”, afirma. Ele lembra que o ponto mais negativo, certamente, é o empenho por meses e até anos, mas a desatenção da leitura do edital. “Nos concursos realizados pelo Cespe/UnB, por exemplo, não é permitido o uso de relógios, mas sempre recebemos candidatos com o objeto”, explica. A recorrência é tanta que a Cespe/UnB passou a disponibilizar envelopes para a guarda de relógios, celulares e outros equipamentos proibidos. “É uma prova clara de que os candidatos não costumam ler os editais”, afirma.
O coordenador destaca que o problema do desprezo pode ser evitado. “Deve ser a primeira coisa a fazer, pois vai dar o rumo do concurso”, reforça. Jaque do Carmo lembra que, quando isso acontece, não adianta o candidato recorrer à Justiça, “afinal de contas, a informação estava explícita”. O esforço e o investimento têm que valer a pena, por isso, “leiam o edital sem pressa...e releiam quantas vezes for preciso para não se arrepender depois”.
Com a experiência na aplicação de provas de concursos públicos, o coordenador lembra que muitos candidatos só se dão conta da importância do edital, quando já é tarde demais.
“Muitas vezes quando é convocado a tomar posse e apresentar a documentação”, explica. Imagine uma pessoa que passa um ano estudando, no dia da prova vai para outra cidade e na hora ‘H’ descobre regras contidas no edital que impedem sua participação? A sensação só pode ser de frustração total.
EMFIM!
Depois de ler o edital, pagar a inscrição, estudar bastante, passar no concurso, o candidato ainda tem que entrar na justiça para ser nomeado.
Se o concurso foi o da Prefeitura de Itabaiana, e caso o aprovado seja nomeado, ele vai trabalhar para uma administração medíocre, que paga mal, e atrasado.
Será que vale a pela?!
Quando for fazer um concurso, leia bem o edital.