Devido a queda da ponte localizada na PB-090, já começam a faltar remédios, alimentos e combustível para atender as necessidades da população.
A situação continua preocupante para a população de Ingá após as chuvas do último final de semana. Depois da destruição de parte da estrutura de sustentação da ponte localizada na PB-090, que dá acesso ao município, já começam a faltar remédios, alimentos e combustível para atender as necessidades da comunidade ingaense.
Vários caminhões carregados com produtos estão parados na estrada, sem condições de seguir para o município. “Hoje nós tivemos a informação que caminhões que estavam transportando alimento para o comércio da cidade estão parados antes da ponte, sem possibilidade de seguir viagem. Se não for tomada uma medida emergencial logo vão começar a faltar remédios, alimentos e combustível na cidade. A situação é muito complicada”, comentou o prefeito de Ingá Luiz Carlos de Monteiro, o Lula (PMDB).
Até agora só existe uma equipe do Corpo de Bombeiros fazendo o atendimento de todas as demandas. A preocupação de que novos casos como o do jovem Joalisson Gonzaga, de 20 anos, que foi arrastado pela correnteza e está desaparecido desde a manhã de domingo. O prefeito disse que “nós colocamos dois vigilantes da Prefeitura e também mandamos fazer a iluminação do local onde a ponte está interditada. Existe o perigo que um motorista desavisado avance sobre a área comprometida e aconteça uma tragédia”.
A Prefeitura de Ingá já providenciou a compra de mil cestas básicas. Esses alimentos serão distribuídos entre os moradores que tiveram que abandonar suas casas após as enchentes. Além desses alimentos já adquiridos, a administração municipal está realizando campanhas de arrecadação de roupas, colchões e alimentos entre a população. Essa campanha conta com o apoio da Igreja Católica de Ingá. “Nós compramos mil feiras para serem entregues aos moradores que perderam suas coisas por causa das chuvas. O padre Erivaldo daqui de Ingá também está promovendo uma campanha de arrecadação para que a gente possa ajudar essas famílias”, acrescentou Lula.
Aulas suspensas
As aulas das redes municipal e estadual de Ingá estão suspensas. As condições das estradas vicinais, que ligam a zona rural à sede do município, são péssimas, dessa forma não é possível fazer o transporte dos alunos que moram nessas regiões. “Nenhuma estrada que dá acesso ao Ingá apresenta condições para os motoristas. Os ônibus de transporte escolar não tem como chegar até a zona rural, todo mundo que tenta passar por essas estradas acaba ficando atolado”, explicou o prefeito.
A expectativa e esperança da população ingaense é que a intensidade das chuvas diminua e as medidas emergenciais de acesso ao município possam ser implantadas. “Nós estamos torcendo para que a chuva diminua e assim a gente possa tomar alguma providência para melhorar o acesso. No momento a única coisa que pode ser feita é rezar e pedir que Deus tenha misericórdia da nossa cidade e que nos ajude a reconstruí-la”, finalizou o gestor de Ingá. (wscom)