Na manhã desta quarta-feira (13), o senador Cássio Cunha Lima,
candidato ao governo da Paraíba pela Coligação “A Vontade do Povo”,
participou de entrevista no Programa “PB Urgente”, da Clube FM, de João
Pessoa. Na ocasião, Cássio revelou mais casos de perseguição aos
servidores públicos do Estado. Fatos tristes como o de uma servidora
que, mesmo fazendo quimioterapia para o tratamento de câncer, foi
demitida pelo governador Ricardo Coutinho.
- O que estamos vendo são pessoas sendo demitidas de forma impiedosa,
desumana, como é o caso da senhora Maria da Luz, de Guarabira, que
atualmente faz quimioterapia. Uma pessoa que já perdeu os cabelos e, com
a saúde fragilizada, não poderia ter sido exonerada. Além disso,
existem casos de pessoas demitidas no dia 23 de dezembro, antevéspera do
Natal. Então, não há como assinar embaixo de um governo assim – citou.
Outros casos graves de perseguição são registrados no Sertão do
Estado, segundo Cássio, onde médicos são impedidos de trabalhar. Em
Pombal, o ex-prefeito Dr. Verissinho só consegue exercer seu ofício no
Hospital Regional da cidade por meio de uma liminar da Justiça. Já em
Patos, o Dr. Ivanes Lacerda, médico ortopedista que sempre fez cirurgias
gratuitas em crianças que nascem com o pé torto, uma doença congênita,
também foi proibido de realizar estas intervenções Hospital Regional,
por ser contrário ao atual governo.
- O Dr. Ivanes foi impedido de entrar no hospital após muitos anos de
serviços prestados à população que mais precisa. Não dá para manter um
governante com uma postura dessas. São milhares que vão ser demitidas
agora, neste período que antecede as eleições. Isso não tem precedente,
minha gente. São pessoas demitidas com 27 anos no Estado; pessoas que
passaram pelo meu governo, pelo de Maranhão, de Burity, de Ronaldo Cunha
Lima, de Wilson Braga sem nunca terem sido molestadas e, agora, estão
sendo exoneradas – lamentou Cássio.
Cabos eleitorais compulsórios
Além disso, o senador denunciou que os servidores estão sendo
obrigados a trabalhar como cabos eleitorais na tentativa de reeleição de
Ricardo Coutinho. “Eu que não posso, com a forte formação democrática
que sempre tive, de respeito às pessoas, de convivência com a
pluralidade de ideias assinar em baixo de um governo como o de Ricardo,
que tem uma prática política absolutamente atrasada. O que está
acontecendo na Paraíba hoje é muito grave: a perseguição ao servidor
público, a repressão. Os servidores públicos estão sendo obrigados a
irem às ruas às 6h ou às 18h para sustentar uma bandeira, colar um
adesivo, como se ainda estivéssemos na Ditadura Militar”, destacou.
Cássio confirmou que esse modelo autoritário e desumano vai acabar
caso seja eleito nas eleições do dia 05 de outubro. “A partir do dia 1º
de janeiro vamos acabar com essas práticas políticas retrógradas. A
prática política de Ricardo Coutinho é extremamente atrasada, porque
qualquer governo que tenha esse viés autoritário é atrasado. Nós vamos
estabelecer com a Paraíba este ambiente de diálogo, de respeito com os
seguimentos, para que a partir deste ambiente, possamos construir um
caminho de desenvolvimento para o nosso Estado”, completou.