A partir do dia 28 deste mês 1,2 milhão de paraibanos, usuários da
Energisa Paraíba, irão pagar mais caro pelo consumo da energia elétrica e
a proposta inicial de reajuste da Energisa é 27,23%. O pleito da
concessionária foi divulgado ontem pela Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) e representa mais de quatro vezes a inflação do período
(6,5%) medida pelo IPCA. A assessoria da Aneel informou que a diretoria
da agência deverá se reunir para analisar e aprovar o reajuste no dia
26 deste mês, mas não significa dizer que a proposta da Energisa será
acatada, portanto, o índice poderá sofrer variação.
A assessoria de imprensa da Energisa informou que o pleito deste ano
foi fixado em 27,23% por causa da compra de energia produzida por
termoelétricas, devido à falta de chuva. Segundo a concessionária, o
preço do megawatt (MW) subiu muito nos últimos meses, o que impactou os
gastos da empresa, que desde o início de 2014 teve que comprar este tipo
de energia.
O aumento na conta de luz ocorre anualmente. Mas em 2013, por conta
da realização da Revisão Tarifária não houve alta, mas sim redução de
3,8% no consumo de energia elétrica residencial e queda de 4,03% para
alta tensão.
A assessoria da Energisa lembrou ainda que os contratos de concessão
de distribuição de todas as concessionárias de energia elétrica do país
preveem reajuste anual, sendo que a data definida para a Energisa
Paraíba é 28 de agosto. Também conforme o contrato, as empresas devem
encaminhar, antecipadamente, à Agência Reguladora (Aneel), dados que
servem de base para o cálculo do índice – chamado “Pleito de Reajuste
Tarifário”.
Segundo a Energisa Paraíba, o pleito entregue pela empresa à Aneel em
2014 nada mais é do que a atualização monetária dos custos, tanto não
gerenciáveis (Parcela A) quanto gerenciáveis (Parcela B). O efeito médio
calculado pela distribuidora, e que pode vir a ser percebido pelo
consumidor, foi de 27,23%.
Segundo a Energisa, a composição deste índice foi quase que
integralmente impactada pela compra, por parte da Energisa Paraíba, de
energia das geradoras. No período avaliado, o preço do MWh das geradoras
subiu significativamente devido à escassez de chuva. Este custo integra
a Parcela A, das despesas não gerenciáveis pela empresa. A Energisa
ressaltou que o pleito ainda será analisado pela Aneel, podendo sofrer
variação.