sexta-feira, janeiro 23, 2015

Lei da PB reconhece vaquejada como esporte

Uma lei estadual publicada na quarta-feira (21) no Diário Oficial do Estado da Paraíba reconheceu a vaquejada como um esporte no âmbito estadual. A norma estadual n° 10.428, de autoria do deputado Doda de Tião (PTB), gerou uma onda de protestos e repúdio nas redes sociais por parte de ativistas e ONGs que lutam pela defesa dos animais. A ONG Harmonia dos Protetores Independentes dos Animais (Harpia) foi uma das primeiras instituições a vir a público repudiar a lei sacionada no dia 20 de janeiro pelo presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Ricardo Marcelo (PEN). Em uma postagem em uma rede social no dia 21 de janeiro, a ONG ressaltou que “é dever do Poder Público a preservação/proteção da fauna, não pode este tolerar (omissão) e, muito menos ‘autorizar’ (ação), ainda que por lei, atividade de atentado à fauna”. A página da Harpia na rede social ainda compartilhou fotos afirmando que a prática de vaquejada não pode ser considerada cultura, uma vez que promove a tortura dos animais. A famosa ativista da defesa dos animais, Luiza Mell, também utilizou a rede social para demonstrar consternação com a publicação da lei estadual. A ativista paulista, que também é atriz e apresentadora, comentou na sua página na rede social que estava muito triste com a decisão do poder legislativo paraibano sancionar um lei que reconhecia a vaquejada como um esporte. “Para quem não sabe, a vaquejada é um dos ‘esportes’ mais cruéis que existem. Ela consiste em aterrorizar um filhote de boi ou um boi jovem, normalmente com choques e surras para que ele corra desesperadamente por uma arena, enquanto um peão sobre um cavalo tem que encurralar ele e derruba-lo puxando violentamente o rabo. Muitas vezes, o boi não consegue nem se levantar mais após a violenta queda que causa fraturas e não raramente, morre”, postou a ativista.