Música, poesia e muitos causos nordestinos. Estes são os elementos que compõem o espetáculo Papel de Bodega, de Jessier Quirino, em cartaz de hoje até domingo em João Pessoa. As apresentações acontecem no Teatro Paulo Pontes (Tambauzinho), sempre às 20h30. Os ingressos custam R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia).
Um misto de recital de poesia e contação de histórias, carregadas de humor e música. O espetáculo traz em cena causos do nordestino interiorano. O poeta se apresenta com dois músicos, que criam, no palco, “uma verdadeira orquestra”.
No cenário, os desenhos gráficos de Shiko retratam os motivos regionais com figuras temáticas do nosso interior. “Durante o espetáculo, eu busco, neste cenário, alguns elementos que se materializam em cena. É um show com muito humor e nordestinidade”, diz ao JORNAL DA PARAÍBA.
O espetáculo foi inspirado no livro e CD Papel de Bodega (Editora Bagaços, 2014), que tem a mesma consistência do show, explorando o território rural e urbano com musicalidade. O CD que acompanha a obra conta com as participações especiais de Xangai, Maciel Melo e Túlio Borges.
“Papel de Bodega veio a partir de uma caderneta de fiado que eu ganhei de presente, cheia de contas de matuto e com nomes de quem comprava no estabelecimento. A capa do livro já é um trabalho antropológico, porque nela eu trago as contas e os nomes dessas pessoas”.
Após 3 anos sem se apresentar em João Pessoa, o poeta volta ao palco do Paulo Pontes. A explicação para o ocorrido foi o fato de que os teatros da capital paraibana estavam em reforma e não tinha outro lugar para comportar o seu show. “Temos a necessidade de apresentar o espetáculo em um teatro por conta da acústica. Não dá pra ser em local aberto. Como os teatros estavam em reforma, passamos três anos afastados daqui”.
Na ocasião das apresentações, Jessier Quirino irá lançar seu primeiro DVD, Vizinhos de Grito (Bagaços, R$ 35,00). “Existem muitas gravações piratas dos meus shows, mas esse é o meu primeiro oficial”, conta. Vizinhos de Grito é o resultado do especial gravado pela Rede Globo, em 2013. Com cenas cedidas pela emissora, o poeta e sua equipe foram construindo uma nova edição, com o acréscimo de entrevistas de ordem pessoal. “É uma espécie de documentário que coloco nesse segundo momento. Tá nos extras do DVD”.
Sobre a escolha do nome do DVD, ele explica que sugere um dito popular. “É o grito do ‘cumpadre’ parado lá na esquina que ecoa por toda a rua”.
