A Secretaria de Saúde do Estado da Paraíba divulgou
na manhã desta terça-feira (24) um novo boletim de casos de bebês com
microcefalia no estado. De acordo com os dados divulgados hoje, 104
casos foram notificados.
Os casos foram
registrados em 32 cidades paraibanas, sendo que João Pessoa é a que
concentra mais notificações, com 50 no total. Os dados divulgados
correspondem aos municípios de residência dos pacientes e são do período
que vai de 1º de agosto até a última sexta-feira (20).
A
cidade de Conde é a segunda com mais casos registrados, sendo nove no
total. Em Caaporã quatro casos foram notificados. Três casos foram
registrados em cada uma das cidades de Alcantil, Bayeux, Monteiro e
Pedras de Fogo. As cidades que tiveram dois casos registrados foram
Cabedelo, Juripiranga, São Miguel de Taipu e Sapé.
Cada
uma das outras 21 cidades teve um caso de microcefalia registrado. São:
Algodão de Jandaíra, Alhandra, Aroeiras, Baía da Traição, Belém,
Boqueirão, Campina Grande, Catolé do Rocha, Caturité, Damião, Guarabira,
Gurinhém, Jacaraú, Juru, Lucena, Olivedos, Piancó, Salgado de São
Félix, Santa Rita, São Domingos do Cariri e Campo de Santana.
Destes
casos notificados, dois pacientes tiveram o Zika vírus encontrado no
líquido amniótico, que é o fluido que envolve o embrião dentro da
barriga da mãe. Estes casos, portanto, têm o Zika vírus como causa para a
microcefalia detectada.
De acordo com o
relatório divulgado, “a maioria destas notificações foi realizada com
base apenas na medida do perímetro cefálico igual ou inferior a 33 cm,
independentemente da mãe relatar ou não sinais ou sintomas de doenças
infecciosas durante a gravidez e de exames complementares”.
O
médico pediatra Cláudio Régis explicou que com a identificação dos
pacientes, “existe a suspeição a partir do perímetro cefálico e a partir
daí a investigação através de exames complementares em que vai se
definir se o paciente realmente tem microcefalia”.
No
estado, existem cinco pontos que são centros de referência para o
atendimento aos casos notificados de microcefalia, que são a Maternidade
Dr. Peregrino Filho, em Patos, o Instituto de Saúde Elpidio de Almeida
(ISEA), em Campina Grande e a Maternidade Cândida Vargas, a Maternidade
Frei Damião e o Hospital Universitário Lauro Wanderley, estes últimos em
João Pessoa.