domingo, janeiro 31, 2016

Médica ginecologista Márcia Fonseca fala de saúde no Jornal da Paraíba.

Médica ginecologista Márcia Fonseca (proprietária da UNICLINI em ITABAIANA) 
Jornal da Paraíba, deste domingo, 31. 

Reportagem de Giovanna Ismael.

PRIMEIRA CONSULTA AO GINECOLOGISTA...

Cuidados ainda na adolescência são fundamentais para uma vida saudável e o tipo de exame para essas pacientes é diferenciado...

Após os 40 anos, é indicado que as mulheres visitem com certa constância seus médicos ginecológicos. Mas não é apenas nessa idade que o corpo feminino precisa de atenção. Cuidados ainda no início da adolescência são fundamentais para uma vida saudável. Na puberdade, muitas meninas sentem receio ou vergonha de ir ao médico, sem saber que é justamente essa a idade indicada. 

Como muitas mães, a secretária Verdânia Carneiro esperou que sua filha Maria Eduarda, de 12 anos, iniciasse o ciclo menstrual para levá-la ao médico ginecologista. O profissional chamado ginecologista infanto-puberal é voltado para o atendimento de meninas nesta faixa-etária, quando passam da idade de visitas ao pediatra. “Eu sempre pensei que se ela não tivesse nenhum problema de saúde antes, o primeiro momento a levá-la seria após a primeira menstruação. Como a hora chegou, estou só esperando ela entrar nas férias escolares para ir com ela ao consultório”. 

A médica ginecologista Márcia Fonseca disse que a mãe acertou em cheio e que esse é, sim, o período indicado para se fazer a primeira consulta. “Caso não haja queixas de corrimento, dores, coceiras, esse momento é o ideal. Nessa hora, devemos orientar para cuidados de higiene, para saber se ela está se desenvolvendo bem, se as cólicas estão fortes ou não”, explicou

Verdânia conta que sempre teve o diálogo aberto com Maria Eduarda e procura orientá-la desde cedo. “Há algum tempo, ela veio me perguntar o que era exame ginecológico. Eu respondi e expliquei que o procedimento é diferente para meninas virgens, que ela não tinha com o que se preocupar”, disse Verdânia. De fato, o exame para as pacientes que não iniciaram a vida sexual não é igual ao daquelas que já são sexualmente ativas. 

Márcia explicou que na primeira consulta é feito o exame físico, como análise nas mamas e possíveis caracteres sexuais secundários; além de ultrassom pélvica e exames laboratoriais de rotina. “Também é importante conferir o estado nutricional da paciente e a parte hormonal. Antes de sermos ginecologistas, somos também médicos”, declarou. 

O uso de materiais intra- vaginais não é obrigatório e deve ser utilizado com a per- missão das pacientes. “Se a menina permitir ou se houver alguma queixa de corrimento ou algo assim, utilizamos o espéculo [instrumento para se observar o interior da vagina]. Mas, normalmente, fazemos uma coleta do exame de colpocitologia com cotonete ou escovinha pelo orifício do hímen”, esclareceu Márcia. Além disto, são apresentados os métodos contraceptivos e uso de preventivos contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
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