quinta-feira, março 10, 2016

Prefeitos driblam crise e concedem reajuste de salário aos professores.

Enquanto há prefeituras da Paraíba com dificuldades para pagar em dia os salários dos servidores e o novo piso dos professores, outras já garantiram o reajuste de 11,36% ao magistério municipal retroativo a janeiro do corrente ano, a exemplo de Patos, Bernardino Batista, Esperança e Fagundes. O salário base passou de R$ 1.917,78 para R$ 2.135,64 para 40 horas semanais. 

Em Patos, a prefeita Francisca Motta (PMDB) enviou o projeto de lei à Câmara Municipal. Antes da votação, ela pagou o mês de fevereiro com o reajuste. A gestora depois vai lançar uma folha suplementar para quitar o aumento de janeiro, que beneficia 597 professores, incluindo os ativos e inativos e provocando um impacto a mais na folha da Educação de R$ 175 mil. Em Remígio, no Curimataú, o prefeito Melchior Batista (PSB) também concedeu o 11,36% aos professores após fazer uma análise das projeções para o ano de 2016 com os gastos com a Educação. Apesar de comprometer parte do FPM, o projeto de lei de acréscimo salarial foi enviado ao Poder Legislativo com efeito retroativo a janeiro. 

Neste mês de março, os servidores vão receber com o aumento proposto. O gestor disse que manteve um diálogo franco e sincero com a classe e negociou diretamente com os trabalhadores, mostrando as dificuldades que a prefeitura tem em pagar os salários em dia e manter as outras obrigações com a saúde, social e a infraestrutura por exemplo. 

Em Bernardino Batista, também no Sertão, a Câmara Municipal já aprovou o projeto de lei, encaminhado pelo prefeito Gervázio Gomes dos Santos (PSB), reajustando o salário do magistério municipal em 11,36%. A propositura também prevê o retroativo do reajuste ao mês de janeiro. Os demais prefeitos que concederam o re- ajuste aos professores são Anderson Monteiro (Esperança), José Pedro (Fagundes) e José Tadeu (Lagoa Seca). 

Em Campina Grande, o prefeito Romero Rodrigues anunciou o reajuste para maio.

FAMUP
No recente encontro da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e associações estaduais com a presidente Dilma Rousseff, o presidente da Famup, Tota Guedes, cobrou uma solução concreta para os atrasos e falta de correção nos repasses principalmente nas áreas de educação, saúde e assistência social. “Foi cobrada a relação federativa e o compro- misso do governo em cumprir suas obrigações com os municípios”, revelou Tota, que representa os prefeitos da Paraíba. Durante o encontro no Palácio do Planalto, também foram tratados temas como a repatriação de recursos, estimativas superestimadas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), reforma da previdência e a desvinculação dos recursos da União (DRU). Jornal da Paraíba