Em Bayeux, segundo um
pré-candidato a vereador
que não quis se identificar, a
campanha para uma vaga na
Câmara vai variar entre R$
100 mil e R$ 300 mil.
O exemplo de Bayeux vale para outros municípios grandes como Cabedelo, Santa Rita, Guarabira, Queimadas, Patos, Sousa, Cajazeiras, Monteiro, Mamanguape, Conde, Caaporã, Catolé, Pombal, Catolé do Rocha, e Itaporaga, etc.
Em João Pessoa e Campina Grande, o cenário é diferente e os atuais vereadores terão que gastar em média R$ 500 mil para assegurar a reeleição, embora metade deles cairá fora da Câmara por causa da concorrência, que é muito grande.
Enquanto os vereadores das duas maiores cidades do Estado trabalham para assegurar a permanência nas casas legislativas, suplentes e lideranças de várias categorias correm por fora na tentativa de ingressar no Parlamento. Como em João Pessoa só existem 27 vagas e a física diz que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço, alguém vai ter que sair para que alguém possa entrar.
O exemplo de Bayeux vale para outros municípios grandes como Cabedelo, Santa Rita, Guarabira, Queimadas, Patos, Sousa, Cajazeiras, Monteiro, Mamanguape, Conde, Caaporã, Catolé, Pombal, Catolé do Rocha, e Itaporaga, etc.
Em João Pessoa e Campina Grande, o cenário é diferente e os atuais vereadores terão que gastar em média R$ 500 mil para assegurar a reeleição, embora metade deles cairá fora da Câmara por causa da concorrência, que é muito grande.
Enquanto os vereadores das duas maiores cidades do Estado trabalham para assegurar a permanência nas casas legislativas, suplentes e lideranças de várias categorias correm por fora na tentativa de ingressar no Parlamento. Como em João Pessoa só existem 27 vagas e a física diz que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço, alguém vai ter que sair para que alguém possa entrar.
Nem aí para o impeachment...
Enquanto os integrantes
do alto, médio baixo cleros
da política paraibana atuam
em Brasília, em defesa do
impeachment da presidente
Dilma Rousseff (PT), as
lideranças locais estão mais
preocupada em ocupar espaços
no poder municipal.
Nas últimas semanas, o
clima político esquentou em
Brasília e chegou ao auge
com a aprovação da admissibilidade
do processo de
impeachment da presidente,
mas nada disso atrapalhou a
pré-campanha para prefeito
e vereador nos 223 municípios
da Paraíba.
Na grande maioria dos
municípios, situação e oposição
estão mapeando bairros
e comunidades rurais,
contando votos, fazendo
projeções e estatísticas e articulando
para as eleições de
outubro. Há municípios onde a campanha está pronta,
com nomes definidos, e chapas
formadas. As lideranças
praticam corpo-a-corpo, fazem
reuniões, intensificam
suas presenças em festas de
batizado e casamentos.
Falta apenas iniciar o período
legal para que a campanha
seja oficializada e os candidatos
possam fazer a propaganda
autorizada pela Justiça
Eleitoral. Com a campanha
deste ano terá limitações, por
exemplo, nos gastos, existem
pré-candidatos guardando
dinheiro em casa.
Eles admitem que será uma
campanha curta e difícil, em
um ano de crise econômica,
recessão e desemprego.
“Quem não tiver dinheiro em
mãos para a compra de votos
na reta fi nal, pode ser derrotado
na véspera”, disse um
pré-candidato a vereador de
Bayeux, numa alusão ao ditado
“não sou peru para morrer
de véspera”
Polarização entre famílias....
Na disputa para prefeito,
em alguns municípios da
Paraíba, há uma polarização
entre nomes sem tradição
política. Em outros,
a polarização ocorre entre
famílias.
Às vezes, a disputa está
em um mesmo tronco familiar,
a exemplo de Wanderley
(Patos), Maia (Catolé do Rocha),
Mineral (Areia de Baraúnas)
e Lacerda (São José
de Piranhas). Em, Patos, um
ramo da família Wanderley
está unido familiarmente à
família Motta. O outro ramo
está incorporado à família
Medeiros.
O primeiro tem três lideranças:
Francisca Motta
(prefeita), Nabor Wanderley
(deputado, ex-prefeito
e pré-candidato a prefeito
pelo PMDB) e Hugo Motta
Wanderley (deputado federal,
neto de Francisca e filho
de Nabor). O outro ramo tem
Dinaldo Wanderley Filho
como principal liderança.
Ele é deputado estadual,
filho do ex-prefeito Dinaldo
Wanderley e primo de Nabor
Wanderley. Dinaldinho, como
é conhecido, é pré-candidato
a prefeito de Patos
pelo (PSDB).
Em Areia de Baraúna, pequeno
município na região
de Patos, o suplente de deputado
Antônio Mineral é a
maior liderança política. Sua
esposa, Vanderlita, é prefeita.
Está cassada e administra
por força de liminar.
Antônio Mineral (PSDB)
chegou a convencer a família
a se unir para não perder
o comando municipal.
No entanto, segundo o ex vereador
Almir Mineral, da
cidade de Patos, Antônio
traiu a família ao romper
com a cunhada, Dona Dêda
(PMDB), para apoiar outra
pessoa para a disputa municipal.
Dona Dêda é mãe de
Almir e cunhada de Antônio.
Maia contra Maia em Catolé...
O exemplo de divisão familiar
que ocorre em São José
de Piranhas acontece em
Catolé do Rocha, onde a família
Maia domina o cenário
há mais de 50 anos, seja com
membro próprio na Prefeitura,
seja com alguém extra-familiar. Com certeza, nas
eleições deste ano, a família
terá dois Maias na disputa.
Um deles será o prefeito
Leomar Benício Maia (PTB).
O outro pode ser Lauro Maia
(PSB), com apoio do deputado
estadual Gervásio Maia.
Os três são parentes. Leomar
e Gervásio estão rompidos
desde o ano passado.
Na maioria dos casos, a
polarização ocorre entre famílias
tradicionais diferentes,
como Paulino e Toscano
(Guarabira), Cunha Lima
e Vital do Rêgo (Campina
Grande), Maciel e Sousa Rêgo
(Queimadas), Gerbasi e
Braga (Rio Tinto), Lundgren
e Régis (Conde), Martins de
Andrade e Lacerda Martins
(Itatuba), Medeiros x Gaudêncio
(São João do Cariri),
Gomes e Cunha Lima
(Areia), Bezerra e Ramalho (Bananeiras) etc. Mas há
casos em que a disputa está
entre um membro de uma
família influente e um nome
sem tradição familiar política.
É o caso de Araruna,
onde a família Maranhão
manda politicamente há
mais de 50 anos.
Lá, a prefeita Wilma Maranhão
está terminando o
mandato e o clã deve apresentar
um nome contra o
insistente Vital Costa, adversário
do grupo do ex-governador
José Maranhão.
Em Sousa, o grupo Gadelha
também está na política
há mais de 50 anos. Durante
muito tempo, o maior adversário
foi o ex-governador Antônio
Mariz. Hoje, a família
continua mandando na política,
de maneira dividida.
De um lado, está a parte majoritária
do grupo familiar:
Marcondes (ex-senador e
suplente de deputado federal),
Leonardo (ex-deputado
federal), Renato (deputado
estadual), Lafayette (vereador)
e André Gadelha (prefeito
e candidato à reeleição.
Do outro lado, está o grupo
liderado pelo deputado estadual
Lindolfo Pires, que é da
família Gadelha (primo dos
demais), embora não tenha
herdado o sobrenome. Em
Sousa, a disputa deve envolver
o prefeito André Gadelha
(PMDB) e um nome sem tradição
apoiado por Lindolfo
Pires.
Sem a força do sobrenome...
Em municípios onde forças
familiares tradicionais
não imperam, a disputa
será entre lideranças que
emergiram após o declínio
dos clãs familiares. Em Cajazeiras,
os destaques são
a prefeita Denise Oliveira,
contra os médicos José Aldemir
(deputado estadual)
e Vituariano de Abreu (exprefeito
e ex-deputado) e
Antônio Gobira.
Em Cabedelo, a disputa
envolve o prefeito Leto
Viana, por um lado, e, por
outros, os oposicionistas
Wellington Brito (exvereador),
Lucas Porcino
(presidente da Câmara) e
José Régis (ex-prefeito).
Em Santa Rita, o quadro
está nebuloso. Certa mesma
só existem as pré-candidaturas
do deputado
estadual João Paulo (PSB)
e do prefeito Netinho (PR).
Em Bayeux, o prefeito Expedito
Pereira (PSB) tem a
forte oposição de Berg Lima
(PTN) e do médico Dr.
Francisco, seu vice-prefeito,
pelo PSDB.
