Era ‘amigo’ da vítima. Polícia diz que o plano era raptar comerciante e forçá-lo a entregar apurado de empresas, que guardava em casa
Grupo arregimentado
pelo suspeito iria usar
métodos de torturas
para roubar dinheiro
e objetos...
Nove pessoas que planejavam
o sequestro com cárcere
privado de um comerciante e
sua família, no município de
Lagoa de Dentro, no Agreste
paraibano, foram presas na
sexta-feira da semana passada
e apresentadas hoje à
imprensa, na Central de Polícia,
em João Pessoa. A vítima
guardava dinheiro em
sua residência e isso chamou
a atenção de um dos presos,
o articulador do grupo, que
era amigo da vítima, dono de
estabelecimentos de botijão
de gás de cozinha e filho de
ex-prefeito de Mamanguape.
As polícias Militar e Civil
da 7ª Área Integrada de
Segurança Pública (Aisp)
começaram a investigação,
após denúncias recebidas
através do Disque Denúncia
197 e usando informantes
das polícias, na segunda-feira,
um dia antes da execução
do plano.
O objetivo do grupo
era sequestrar o comerciante
– dono de supermercado e
farmácia – da cidade de Lagoa
de Dentro para roubar
o dinheiro que ele guardava
todos os dias do apurado dos
seus estabelecimentos em
sua residência.
Segundo a polícia, o articulador
da quadrilha,
Guilherme do Nascimento
Soares Filho, 35 anos, ficou
encarregado de vigiar toda
a rotina das vítimas, buscando
toda a rotina da vítima
para poder executar o
plano na terça-feira, que foi
abortado após o articulador
passar na frente da residência
da vítima e perceber que
policiais descaracterizadas
fiziam campana nas imediações
da casa do alvo do grupo
criminoso.
Guilherme, por se considerar
influente na região,
segundo informou a Polícia
Civil, utilizou as redes sociais
para despistar a ação
dos policiais informando
que havia um carro de assaltantes
na cidade e que a
população tomasse cuidado,
mas que se tratava da investigação
das polícias.
O grupo. O articulador
formou o grupo recrutando
pessoas de João Pessoa
e Mamanguape. O delegado
da circunscrição Jacaraú/
Pedro Régis, Wender Borges,
comentou que, durante
a lavratura do flagrante, foi
possível delinear o modo de
atuação dos acusados. “Até
os próprios interrogatórios
nós podemos aferir como
eles pretendiam consumar
essa prática criminosa.
O
que ficou muito acente foi a
autoria intelectual de Guilherminho
– o Guilherme –
o qual era responsável por
todo o financiamento da logística,
da disponibilização
das armas, da alimentação
e hospedagem das pessoas
que compuseram esse grupo
criminoso”, afirmou.
Segundo o delegado seccional
da 7ª Aisp, Walter
Brandão, as polícias ainda
investigam o patrimônio de
Guilherme do Nascimento,
que cresceu muito desde o
ano passado. Os presos vão responder
pelos crimes de associação
criminosa, tentativa de sequestro
e cárcere privado e
ainda roubo. JC