O deputado federal Agnaldo Ribeiro, denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), por formação de organização criminosa. Indicou sua mãe para presidente da Funasa.
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No mesmo dia em que ele foi denunciado no Supremo Tribunal Federal (STF), na última sexta-feira (1º), foi publicado no Diário Oficial da União a nomeação da mãe dele, Virgínia Velloso Borges, para a Fundação Nacional de Saúde.
A ex-prefeita de Pilar e mãe dos deputados Agnaldo Ribeiro (federal) e Daniella Ribeiro (estadual), Virgínia Velloso Borges (PP), é a nova superintendente da Funasa da Paraíba. A nomeação já está publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira. Com isso encerra uma queda de braço entre lideranças da Paraíba pelo cargo.
O PMDB através do senador José Maranhão estava pleiteando o cargo para o seu correligionário André Gadelha, ex-prefeito da cidade de Sousa. A nomeação mostra o quanto está forte na condição de líder do Governo na Câmara, o deputado federal Agnaldo Ribeiro.
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O procurador-geral da República, Janot,
ofereceu nesta sexta-feira (01/09) denúncia ao Supremo Tribunal Federal
(STF) contra políticos do PP por formação de uma organização criminosa
para atuar no esquema de corrupção na Petrobras. Entre os citados está o
deputado Federal pela Paraíba, Agnaldo Ribeiro.
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Esta é a primeira denúncia oferecida pela
Procuradoria-Geral da República (PGR) contra políticos no ramo de
investigação conhecido como “quadrilhão” – que apurou a organização
entre políticos e operadores para atuar na petrolífera.
A denúncia contra políticos do PP será
mantida em sigilo no STF pois foram usadas informações da delação do
ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), que ainda protegida por segredo de
justiça.
O inquérito relativo ao PP tem 30 alvos –
entre eles o ex-ministro Aguinaldo Ribeiro e o presidente da legenda,
senador Ciro Nogueira (PI). No oferecimento de denúncia, há casos que
foram arquivados, quando no entendimento dos procuradores, não
praticaram crimes. A reportagem apurou, no entanto, que o presidente da
sigla é um dos denunciados.
A investigação foi aberta na primeira
leva de inquéritos pedidos por Janot ao STF na Lava Jato, em março de
2015. No meio do caminho, contudo, a própria PGR pediu para fatiar a
investigação em 4 ramos: PP, PMDB do Senado, PMDB da Câmara e PT.
Informações prestadas pelos primeiros
delatores – Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa – deram origem à
investigação, que foi enriquecida com as novas colaborações premiadas
firmadas de lá pra cá, como a da Odebrecht.
Quando pediu o fatiamento da
investigação, Janot citou que o inquérito apontava para “um desenho de
um grupo criminoso organizado único, amplo e complexo” com atores que
“se interligam”.