quinta-feira, outubro 26, 2017

Na PB. Pesquisa do Inep indica que Estado está abaixo da média do NE.

Mais da metade dos estudantes paraibanos do ensino fundamental apresentou resultados insuficientes em leitura, escrita e matemática, segundo a Avaliação da Educação Básica divulgada ontem pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). As taxas da Paraíba ficaram abaixo da média do Nordeste e figuram entre as piores do país.
 
No quesito leitura, 71,53% dos estudantes paraibanos apresentaram rendimento insuficiente, sendo 35,94% elementar e 35,59% básico. Isto quer dizer que estes alunos não conseguiram ter resultados satisfatórios em questões ligadas à causa e consequência em gêneros como tirinha, anedota, fábula e literatura infantil e também não estavam aptos à reconhecer relação de tempo em texto verbal e identificar o referente de pronome possessivo em poema.
 
A taxa de rendimento insuficiente em leitura foi pior que a média do Nordeste, que foi 69,17%, e muito maior que a média nacional, que foi de 55,73%, em 2016. O resultado da Paraíba foi pior que Pernambuco (70,65% de nível insuficiente), Rio Grande do Norte (67,66%) e Ceará (45,24%). No país, o pior resultado foi do Sergipe, com 80,2% de rendimento irregular. A melhor taxa ficou com Minas Gerais. Lá, apenas 37,65% dos estudantes tiveram resultados insuficientes. 
 
Textos são ruins. Sobre a análise da escrita, os estudantes paraibanos do ensino fundamental também demonstraram estar aquém do resultado desejado. Mais da maioria, 55,66% dos analisados, apresentaram taxa elementar, ou seja, não produzem textos da forma adequada.
 
A categoria elementar é dividida em três níveis. O primeiro (Nível 1), com 26,89% de estudantes paraibanos, demonstra que os analisados não escrevem palavras alfabeticamente e não conseguem produzir um texto legível. 
 
No nível 2 (24,74% dos analisados) os estudantes escrevem palavras, mas com trocas ou omissão de letras, alterações na ordem das letras e outros desvios ortográficos, logo não conseguem produzir textos legíveis. 
 
Já no nível 3 (4,03% dos analisados), os estudantes escrevem palavras com estrutura silábica consoante-vogal, apesar de alguns desvios ortográfico, mas os textos são produzidos de forma incipiente ou inadequada ao que foi proposto, muitos sem conectivos. 
 
O resultado da Paraíba foi pior que os Estados da Bahia (54,83% de desempenho insuficiente), Pernambuco (51,82%), Rio Grande do Norte (40,83%) e Ceará (25,98%). O pior resultado do país ficou com o Estado do Maranhão, 59,93% de rendimento irregular. O melhor resultado ficou com Paraná, que tem apenas 14,37% de desempenho insatisfatório em escrita. 
 
A taxa paraibana é pior que a média do Nordeste, que teve 50,83% de rendimento insuficiente nesta matéria e bem distante da média do país, que teve 33,85% de desempenho insatisfatório.
 
Problemas com números. Em matemática, o resultado também não foi satisfatório e somente 14,16% dos estudantes analisados atingiram a categoria “Desejável”, que, entre outras exigências, atesta que estão aptos a reconhecer composição e decomposição aditiva de números naturais com até três algarismos; medidas de tempo em relógios analógicos; informações em gráfico de barras e calcular subtração de números naturais com até três algarismos com reagrupamento.
 
A pesquisa do Inep mostra que 71,32% dos paraibanos do ensino fundamental apresentaram rendimento insuficiente na matéria. Destes, 37,23% estão no “Nível 1”, limitados à reconhecer representação de figura geométrica em objetos de uso cotidiano; contar objetos dispostos em forma organizada ou não; comparar medidas de comprimento em objetos do cotidiano, entre outras respostas à comandos básicos.
 
No nível 2, ainda considerado insuficiente, estão 34,9% dos alunos analisados, aptos à associar a escrita por extenso de números naturais com até três algarismos à sua representação simbólica; valor monetário de uma cédula a um agrupamento de moedas e cédulas; completar sequência numérica crescente de números naturais não consecutivos; comparar números naturais com até três algarismos não ordenados; entre outras ações básicas.
 
A taxa paraibana é pior que a média do Nordeste, que foi de 69,46% de desempenho insuficiente. Pior também que a média do país, 54,46%. Os estudantes paraibanos apresentaram resultados piores que o dos estados do Rio Grande do Norte (69,39%), Pernambuco (68,97%) e Ceará (48,28%). O pior resultado foi apresentado pelo Amapá, 80,54% de rendimento abaixo do adequado. O melhor resultado foi apresentado por Santa Catarina (37,82%).