Na Última Ceia, portanto, Cristo experimenta verdadeira e profundamente, antecipando o seu sacrifício na cruz, a entrega amorosa e salvífica de si mesmo. Nesta noite santíssima, Ele toma o cálice e diz: “Tomai este cálice e distribuí-o entre vós […]. Este cálice é a Nova Aliança em meu sangue, que é derramado por vós” (Lc 22, 17.20). Hoje, Ele derrama na ceia eucarística o próprio Sangue por nós, a fim de dar-nos a salvação eterna. É, numa palavra, o Sangue do verdadeiro Cordeiro pascal — e não mais a figura passageira do Antigo Testamento —, que afasta de nós a pena devida aos nossos pecados.
Mas, além de livrar-nos da punição dos nossos crimes, o sacrifício de Cristo nos faz entrar em comunhão com Deus.