domingo, abril 14, 2019

Tradição de distribuir ceia na Semana Santa será mantida em 36 municípios.





Pelo menos 36 Prefeituras da Paraíba gastam quase R$ 2,5 milhões para doar peixes à população carentes... Uma prática que já virou tradição irá se renovar em mais uma Semana Santa na Paraíba: a distribuição de peixes à famílias carentes. Pelo menos 36 prefeituras paraibanas já contrataram ou vão contratar fornecedores para a aquisição do produto. Em algumas deles, inclusive, a mesa da população beneficiada ainda é incrementada com outros itens, como arroz, macarrão e leite de coco para garantir a ceia farta do Domingo de Páscoa. O valor desembolsado chega a quase R$ 2,5 milhões.

Ano passado, as prefeituras paraibanas gastaram mais de R$ 1 milhão na compra de itens da Páscoa para entregar à população na Semana Santa. Para este ano, a projeção é de que mais que duplique, já que para além do R$ 2,4 milhões já licitados pelas prefeituras, há ainda outras nove prefeituras que esboçaram interesse em contratar empresas para compra de peixe para distribuir na Semana Santa e apenas uma antecipou o valor global do contrato: Arara, no Cariri paraibano, que deve gastar R$ 87 mil com a distribuição de 10 mil unidades de peixe espada.

Dentre as que vão distribuir os kits de Páscoa, a Prefeitura de Alhandra, no Litoral Sul da Paraíba, é que vai desembolsar o maior montante dos cofres públicos para atender a população. A gestão vai repetir a quantidade do ano passado e distribuir 22 toneladas de peixe à população. O valor investido, no entanto, é um pouco mais ‘salgado’. Em 2018, a gestão de Renato Mendes gastou R$ 213 mil para a aquisição do produto. Este ano, a Prefeitura terá que desembolsar R$ 372,6 mil para comprar a mesma quantia.

Em seguida vem a Prefeitura de Cabedelo, na região Metropolitana de João Pessoa, que deve gastar R$ 286,6 mil para compra de 17 toneladas de peixe tipo corvina, divididos em dois lotes, sendo o primeiro 12.750 quilos e o segundo com 4.250 quilos.

Tradição Caso curioso é da Prefeitura de Sertãozinho, que abriu dois processos licitatórios: um pregão presencial e um outro na modalidade convite. No primeiro, com valor global de R$ 33.510, a previsão é de comprar 3 toneladas de peixes do tipo corvina. No segundo, tipo convite (em que a gestão escolhe o comprador), a prefeitura terá que desembolsar R$ 41.490 para aquisição de 3 mil peixes do mesmo tipo. O cadastro dos moradores que irão ganhar o pescado foi feito na última semana.

A prefeitura de Alagoinha também caprichou no volume e vai gastar R$ 136,2 mil na compra dos peixes para as famílias carentes do município. Serão distribuídos 12 mil kits de corvina inteira congelada com cabeça, com pesos individuais variáveis de 1 a 2 KG. Em Pedro Régis, a Prefeitura estabeleceu como critério o cadastro do Bolsa Família, para assegurar que os peixes sejam distribuídos para as pessoas carentes. Lá serão entregues cerca de duas toneladas de tainha.

Cesta farta 
Para agradar ainda mais a população carente do seu município, algumas prefeituras optam por incrementar a entrega do peixe com algum outro produto que sirva de acompanhamento, como o arroz e o macarrão, ou auxilie no preparo, como o leite de coco. É o caso, por exemplo, da Prefeitura de Montadas que pretende distribuir dois mil kits à população com peixe fresco em posta, arroz parbolizado e uma garrafinha com 200ml de leite de coco. O valor que será gasto ainda não foi disponibilizado no mural de licitações do Tribunal de Contas do Estado, tendo em vista que a licitação ainda não ocorreu.

Além do peixe e arroz, a Prefeitura de Curral de Cima resolveu este ano incrementar o cardápio acrescentando macarrão. Mais de duas mil famílias, cadastradas previamente pelas secretarias de Saúde e de Assistência Social devem receber o kit Páscoa na próxima quarta-feira (17). Para o kit incrementado a gestão teve que desembolsar R$ 95.960. A distribuição será realizada em escolas do município.