Pai de santo preso contou tudo. Em um ritual de magia negra, padrasto abriu corpo de menino vivo, cortou o pescoço e decepou órgãos...
O pai de santo Wellington Soares Nogueira, 41, foi
preso ontem em Sumé, no
Cariri, e confessou ter participado do assassinato do
garoto Everton Siqueira da
Silva, 5 anos de idade, juntamente com o ex-presidiário,
Denivaldo Santos Silva, 37; a
mãe Laudenice dos Santos
Siqueira, 22, e o padrasto Daniel Ferreira dos Santos, 31.
Ele contou que Denivaldo
segurou a criança e o padrasto o matou, fazendo inicialmente o corte do tórax
até a virilha da criança. Em
seguida, com Everton agonizando, ele cortou o pescoço,
decepou o pênis e os testículos. A mãe assistiu toda a
cena e ajudou a tirar o sangue
do menino, que foi colocado
em um balde preto e levado
por ela. Ontem, ela também
confessou o crime.
A Polícia Civil informou
que no depoimento o ‘Pai
Etinho’, como é conhecido na
região, revelou que João Batista de Sousa, 28, que tinha
problemas mentais, e que foi
assassinado ontem, por Daniel dentro do presídio do
PB1, não teve nenhuma participação no crime.
De acordo com o delegado
Rodrigo Monteiro, na manhã
da terça, o padrasto o encontrou e armou a cena o chamando para colocar lixo em
sacos, já que ele faz esse tipo
de serviço em Sumé. “Mas
na verdade ele queria atraílo para a vala onde estava o
corpo. Quando chegou próximo ao local, uma mulher
passava por perto e o Daniel
começou a gritar apontando
para o João Batista e para o
corpo da criança, dizendo
que ele tinha matado o Everton”, disse.
Irmã também seria morta...
O pai de santo revelou ainda que , além do menino, eles
também pretendiam matar
a irmã dele, mas ela acabou
conseguindo fugir de Denivaldo, o responsável por capturá-los.
Ao raptar o menino, ele o
levou para o Sítio Boqueirão de Sumé, onde tem um
açude. “Foi nesse local que
o padrasto matou Everton,
com a ajuda dos outros três.
Depois de tirarem o sangue,
a mãe colocou no balde preto.
Em seguida, eles levaram o
corpo para ser lavado no açude e o esconderam por trás de
umas pedras e foram embora”, explicou o delegado.
Na segunda-feira, o padrasto voltou ao local, pegou
o corpo e levou até a vala, no
bairro de Frei Damião.
Acusado de mais um assassinato...
O detento João Batista Alves de Sousa, 28 anos, foi
encontrado morto dentro
da Penitenciária Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes
(PB1), na Praia de Jacarapé,
e m João Pessoa , n a m a d r u g a -da de ontem. Daniel Ferreira
Santos, padrasto da criança,
que dividia a cela com ele,
confessou que o matou e
contou uma história que foi
derrubada pela polícia.
De acordo com o diretor do
presídio, Leandro Batista da
Silva, o crime pode ter ocorrido após o jantar, mas só um
laudo pericial vai apontar o
horário. A vítima dividia a
cela 6, do pavilhão 3, com os
outros dois suspeitos do crime. “Esse pavilhão é menor
e mais afastado dos demais
justamente porque o caso teve muita repercussão”, afirmou.
O Samu foi acionado e confirmou a morte . O p a d r a s t o
da criança usou uma camisa
para estrangular João Batista Alves de Sousa.
Na Delegacia em João Pessoa, Daniel contou que matou João Batista porque ele
confessou que tinha mata do a criança e isso teria lhe
causado raiva. “Após serem
ouvidos, volta amparar presídio para ficar à disposição
da Justiça. Daniel foi autuado em flagrante e responderá
por mais um homicídio. Ele
isentou a participação do
companheiro de cela nesse
crime”, afirmou o delegado
Paulo Josafá.
Já a mãe de Everton, Laudiene dos Santos, está isolada
em uma cela na Penitenciária Júlia Maranhão, em
Mangabeira VIII. A diretora
do presídio, Cinthya Almeida, contou que ela não teve o
contato com outras detentas.