No próximo ano, alguns dos candidatos estarão buscando aval para o quinto mandato... Ao longo do tempo, percebe-se que o propósito natural de
todo político ou de seu agrupamento é chegar ao poder e nele
se perpetuar. Essa tendência
foi observada pelo pensador e
historiador italiano Nicolau
Maquiavel, segundo o qual
um dos objetivos do político
é permanecer no poder, além
de conquistá-lo e de governar.
Nas ditaduras, a conquista e a
perpetuação se dão pelo uso da
força militar e, na democracia,
pelo voto.
Nessa perspectiva, o
prefeito de Catolé do Rocha, Leomar Maia (PTB), vai disputar
o quinto mandato para a chefia
do Poder Executivo, a exemplo
de Bola Coutinho (PT do B), em
Lagoa Seca, enquanto os prefeitos Beto do Brasil (Solânea),
Marcos Martins (Mari) e Expedito Pereira (Bayeux) buscam o
quatro mandato.
Da tradicional família Maia,
no Sertão da Paraíba, Dr. Leo-
mar foi eleito pela primeira vez
prefeito de Catolé do Rocha em
1992. Depois, voltou à chefia do
Poder Executivo em 2000. Com
a aprovação do instituto da ree-
leição, ele conquistou um novo
mandato em 2004. Ele elegeu
o sucessor, Edvaldo Caetano.
Em 2012, Leomar Maia voltou
à cena e se elegeu prefeito na
disputa contra Paulo César de
Araújo. Em 2016, ele disputará a reeleição.
No Agreste paraibano, a família Coutinho se “divide” para
voltar ao poder em Puxinanã e
Lagoa Seca. Neste município,
Bola Coutinho tentará conquistar o quinto mandato no próximo ano. Ele foi eleito prefeito
em 2000, 1992, 1982 e 1972. Já o
seu primo Abelardo Coutinho
foi prefeito duas vezes de Puxinanã e vai concorrer novamente ao Executivo em 2016.
Em Bayeux, no Litoral, Ex-
pedito Pereira (PSB) vai tentar
conquistar o quarto mandato
de prefeito no próximo ano.
Ele foi eleito pela primeira vez
para o Executivo em 1996. Já
em 2000, ele ganhou o pleito,
assumiu e depois foi cassado,
juntamente com o vice-prefeito Edno Andrade. Na ocasião,
assumiu a segunda colocada
Sara Cabral. Em 2008, Expedito
Pereira disputou de novo a prefeitura e perdeu para o então
prefeito Jota Júnior. O sonho de
voltar ao comando do município impulsionou novamente a
candidatura a prefeito em 2012,
quando foi eleito.
Em Solânea, no Curimataú,
Beto do Brasil (PPS) foi eleito
prefeito em 2000 e reeleito em
2004. Depois, voltou à prefei-
tura ao vencer o pleito municipal em 2012. No próximo ano,
disputará um novo mandato.
Quem também vai concorrer
ao quarto mandato é o prefeito
de Mari, na Zona da Mata pa-
raibana, Marcos Martins (PSB),
a exemplo de Bôda Regis (PR),
em Alagoa Grande.
Em Guarabira, no Brejo da
Paraíba, o prefeito Zenóbio
Toscano (PSDB) vai disputar
pela terceira vez um mandato
no Poder Executivo. O adver-
sário pode ser Roberto Paulino
(PMDB), que foi prefeito por
duas vezes e também buscará o
terceiro mandato. A briga é de
duas famílias. Léa Toscano ad-
ministrou o município por dois
mandatos. Por sua vez, Roberto
Paulino foi prefeito duas vezes
de Guarabira, a exemplo de sua
esposa, Fátima Paulino.
Exemplos se
multiplicam
pelo Estado...
Em Camalaú, no Cariri,
Aristeu Chaves (PRP), que
governou a cidade por dois
mandatos, será candidato a
prefeito em 2016. Para isso,
ele vai deixar a superintendência do Detran, em março
do próximo ano. Quem também vai tentar ser prefeito
pela terceira vez é Aragão Júnior (PSDB), atual vereador
em Campina Grande. Ele foi
gestor de Matinhas, no Brejo, entre 2005 e 2012. Depois,
transferiu o domicílio para a
Rainha da Borborema e na
quinta-feira retornou a ser
eleitor em Matinhas, para
disputar a prefeitura pela
terceira vez.
Em Areial, Adelson Benjamin (PSDB), após ser elei-
to pelo municipal em 2004
e 2008, vai tentar voltar ao
Poder Executivo em 2016, a
exemplo de Marcel Nunes
em Prata. Projeto idêntico
será do deputado Veneziano
Vital do Rêgo (PMDB), que
será candidato pela terceira
vez à prefeitura de Campina
Grande.
Em Sousa, no Sertão, o
vereador Aldeone Abrantes
(PTB) já se perpetuou na Câmara Municipal. Das nove
eleições disputadas para
vereador, o “Guerreiro do
Povo”, como é mais conhecido, perdeu somente uma.
Ganhou em 1976, 1988, 1992,
1996, 2000, 2004, 2008 e 2012.
Apenas em 1982 não deu certo, eis que obteve 445 votos,
sendo remetido para a sexta
suplência do então PDS.