100 dias das eleições: pré-candidatos ao governo da PB não definiram chapa.

O clima de festejos juninos deu uma “esquentada” nas conversas para composições de chapas majoritárias com vistas às eleições 2018 na Paraíba. A 100 dias do primeiro turno do pleito, que será realizado no dia 5 de outubro, nesta sexta-feira (29), há pelo menos cinco pré-candidaturas postas ao governo do estado e ainda muitas incertezas sobre os destinos de alianças de algumas legendas no estado.

Sem definições sobre a composição da chapa majoritária, composta não apenas pelo futuro candidato ao governo, como também do vice e de dois senadores, os pré-candidatos ao governo terá praticamente o mês de julho para fechar as alianças.

Até o dia 5 de agosto, prazo final para a realização de convenções partidárias, muitas águas devem rolar e, mesmo alianças já seladas podem ser modificadas diante de falta de espaços para composições em chapas majoritárias e também proporcionais. A maior parte dessas mudanças só só serão concretizadas no dia 15 de agosto, que é o último dia para os partidos políticos apresentarem ao Tribunal Regional Eleitoral, até as 19 horas, o requerimento de registro de candidatos a governador e vice-governador, senador e suplente, deputado federal e deputado estadual.

Confira a situação de cada uma das pré-candidaturas:

João Azevêdo

A preço de hoje, o pré-candidato João Azevêdo (PSB), que vai a disputa com o apadrinhamento do governador Ricardo Coutinho (PSB), é o que está com o maior volume de partidos compromissados em apoiar a sua campanha, um total de nove legendas. Além de aliados mantidos de eleições anteriores, como o DEM, Avante, PPS e Pros, os socialistas conquistaram neste processo pré-eleitoral os apoios do PMN, que rompeu com o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), e do PCdoB, que terá candidatura ao Senado, mas não está forçando para compor na chapa majoritária.

A tendência é que, até o dia 5 de agosto outros partidos migrem para Azevêdo ou substituam o apoio. O ponto crucial serão os espaços na chapa majoritária.

Apesar do ex-senador Efraim Moraes ser o mais cotado para compor na vice, ainda há esperanças de outras legendas em ocupar a vaga, como o PTB de Wilson Filho, bem como de emplacar como candidato ao senado, ao lado do nome já certo do deputado Veneziano (PSB).

Lucélio Cartaxo

Mesmo sem o PMN, Lucélio Cartaxo (PV), que será candidato ao governo com o apoio das duas maiores cidades – João Pessoa e Campina Grande – também conseguiu agregar muitas legendas. Pelos menos sete partidos já aderiram a Cartaxo, que terá Michelini Rodrigues (PSDB), esposa do prefeito Romero Rodrigues (PSDB) na vice, dentre eles o PRTB que apoiava o governo e migrou para a oposição.

José Maranhão

Mesmo com a bagagem de três mandatos como governador do estado e o diferencial de ser o mais conhecido dos atuais pré-candidatos, o senador José Maranhão tem feito um trabalho de campo intensos por bases consolidadas suas para conquistar mais alianças de peso. No campo de alianças, tecnicamente o emedebista tem apenas três, mas é o pré-candidato ao governo mais cobiçado pelas legendas indecisas.

Lígia Feliciano

A vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) deixou seu programa de rádio nesta sexta-feira (29) com o propósito de disputar ao cargo de governadora do estado nas eleições deste ano. Embora insista na tese de que a sua pré-candidatura não é da oposição, mas ao lado do governo, a vice-governadora tem mantida seu nome praticamente isolada. Os partidos da base de sustentação ao governador Ricardo Coutinho tendem a migrar para a pré-candidatura de João Azevêdo.

Tárcio Teixeira

Ex-candidato a prefeito de João Pessoa, nas eleições de 2014, o servidor público Tárcio Texeira (PSOL), tentará mais uma vez enfrentar uma disputa majoritária, desta vez ao governo do estado. A estratégia de PSOL e de outras legendas com menor representatividade na Paraíba como PSTU e PCO, por exemplo, é lançar candidaturas próprias para fortalecer o nome do partido no estado e assim atrair novos filiados.

Indecisos serão decisivos
No panorama de definições de apoio de legendas, aquelas que estão indecisas acabam provocando o maior peso na disputa final. Partidos como o PP do vice-prefeito de Campina Grande, Enivaldo Ribeiro, e o PR do deputado Welligton Roberto, terão peso determinante nas eleições (e sabem disso).

Ao tempo que não descarta continuar no arco das alianças com o PV e PSDB, na futura chapa Lucélio e Michelini, o PP corre pelas beiradas e tenta emplacar o nome da deputada Daniella Ribeiro como candidata ao Senado, tanto numa chapa com João Azevedo quanto com José Maranhão. Mesmo caminho faz o PR, que não descartar compor com Maranhão, nem manter aliança com o PSB, apoiando João Azevedo. JP