quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Ricardo denuncia cúmplices de "quebradeira"

Durante visita à Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na manhã de ontem, o governador Ricardo Coutinho (PSB) foi firme ao rebater algumas críticas que o governo vem recebendo por parte da oposição, com relação a ações como o não pagamento da PEC 300, demissão de servidores comissionados, entre outras. Ao ser questionado sobre quando irá anunciar quem serão os servidores com mais de dois anos de serviços prestados que serão recontratados, ele informou que está analisando os dados do recadastramento de servidores, feito recentemente, porque precisa trabalhar com números exatos, e que vai priorizar quem realmente trabalhava.

Ele aproveitou a deixa para destacar que "não tinha outro instrumento, a não ser o recadastramento, para fazer justiça com os funcionários públicos estaduais" e para rebater as declarações de alguns agentes políticos oposicionistas que chegaram a dizer que quem votou no socialista na esperança de dias melhores estava vivendo um verdadeiro terror. "Tem muita gente, hoje, falando, subindo na Tribuna para discursar e eu quero saber o quê, efetivamente, essas pessoas fizeram enquanto o estado se afundava". E questionou: "o que essas pessoas fizeram para, agora, estarem fazendo palanque em cima disso?".

Ricardo acusou os críticos de serem co-responsáveis pelos problemas financeiros da Paraíba. "Tem gente que é cúmplice disso, que ficou caladinho, ou melhor, caladinho não, aplaudindo o governo anterior quebrar o estado. Ficaram aplaudindo, porque tinham interesses em jogo, porque participavam diretamente disso, porque tiveram enxurradas de cargos comissionados por causa do período eleitoral", afirmou.

Segundo o governador, o debate sobre esse tema interessa a toda a Paraíba. "Ninguém se iluda que o governo não quer essa discussão. Queremos, sim. E vamos dizer claramente, vamos fazer a disputa pública, para dizer quem foi cúmplice disso, quem aplaudiu isso, quem participou disso, para que essas pessoas não achem que estão jogando sozinhas nesse campo. O governo está jogando nesse campo e está jogando com verdade, com dados, com informações que, naturalmente, haverão de se tornarem públicas, a partir do momento que a Assembleia Legislativa queira".

Ricardo ressaltou, ainda, que não é responsável pelo estado ter chegado a situação de dificuldade na qual se encontra. "Não sou o responsável por ter colocado mais de 20 mil pessoas a mais na máquina sem ter onde trabalhar ou por ter fechado o ano com 400 milhões de reais em débitos, nem por ter chegado a 58% de comprometimento da receita líquida só no Poder Executivo". O governador continuou incisivo e frisou que esses fatos "além de serem uma irresponsabilidade fiscal são uma grande irresponsabilidade social, porque as pessoas que mais precisam do estado são as que pagam a conta da ausência do estado porque ele não consegue atuar, porque se perdeu no meio do caminho".