terça-feira, abril 05, 2011

MARANHÃO III diz que existência de “fantasmas” é natural.

O ex-governador contestou, as denúncias de que deixou servidores fantasmas na folha de pagamento do governo. Lembrou, inclusive, que os nomes não foram divulgados pelo atual governo e que é natural que algumas pessoas falecidas estejam em lista de pagamento, porque enquanto o cartório não comunica ao governo o falecimento da pessoa, a administração estadual não tem como atualizar esse dado. "É capaz de já ter pessoas falecidas nestes últimos três meses que ainda estão na folha de pagamento. Isso é natural. E cabe ao governo quando receber a notificação do cartório atualizar os dados", acrescentou.

Lista de mortos na folha somava 444 nomes

A situação dos cofres públicos da Paraíba ainda é o assunto principal entre o atual e o antigo governo do estado. Em resposta ao ex-governador, que quebrou o silêncio e declarou ontem ter deixado dinheiro em caixa para pagamento de débitos, os secretários de Finanças, Aracilba Rocha, e da Controladoria Geral, Luzemar Martins, disseram, em entrevista, que encontraram as contas bancárias praticamente 'zeradas' em janeiro deste ano, com saldo de apenas R$ 1 milhão e débitos de R$ 411 milhões.

Segundo o chefe da Controladoria Geral, Luzemar Martins, em 31 de dezembro de 2010 a dívida passiva do estado era de R$ 741 milhões enquanto o ativo do estado era de R$ 618 milhões. Mesmo assim, as contas do governo nas agências bancárias apontavam para um saldo real de apenas R$ 1,3 milhão. Além de outros R$ 50 milhões de verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O valor só pode ser destinado para honrar compromissos com a Educação.

Os auxiliares do governo de Ricardo Coutinho (PSB) explicaram a diferença de valores anunciados como dívidas. Outro assunto discutido pelos secretários foi sobre a denúncia de funcionários fantasmas mantidos no governo anterior. O secretário chefe da Controladoria Geral afirmou que a lista entregue ao Ministério Público da Paraíba, tinha 444 nomes de pessoas falecidas, mas que ainda constavam na folha de pagamento, além de mais de 200 "estrangeiros".