Após a morte do ex-prefeito da Cidade de Sousa, Salomão Benevides Gadelha, a justiça irá dar sequência a Ação Civil Publica por Ato de Improbidade Administrativa, no processo de Nº 037.2008.001.750-4, que tramita na 1ª Vara da Comarca de Sousa, após procedimento Administrativo de Nº 40/2007.
Segundo informações, a Ação estava parada porque o ex-prefeito não conseguia ser localizado para prestar as suas contestações no referido procedimento judicial, como Andre Gadelha e uma irmã já haviam sido citados, agora a justiça irá juntar aos autos a certidão de óbito para dar prosseguimento às investigações.
De acordo com a promotoria de justiça do patrimônio publico da Comarca de Sousa, que apura irregularidades na aquisição de combustíveis e derivados, o prefeito Salomão Gadelha teria ratificado a dispensa de licitação, autorizando de forma indevida a contratação direta do município de Sousa com a Empresa Gadelha Neto de Araújo LTDA, que figuravam como sócios, Andre Avelino de Paiva Gadelha Neto e Simone Araújo Gadelha, que são irmãos, para fornecimento de combustíveis estimado em 4.154.100,00 R$.
O pior de tudo, é que Segundo o MP, o próprio André Gadelha no exercício do cargo de prefeito teria homologado a Licitação no Pregão Presencial – Nº 17/2007, e foi o próprio vice-prefeito André Gadelha quem autorizou a abertura do certame licitatório, tendo ainda, homologado sua dispensa, fato que em seqüência contou com a ratificação do prefeito já falecido, Salomão Gadelha. Para o Ministério Público o conluio entre os gestores públicos com vista a garantir vantagens a Empresa Gadelha Araújo Neto LTDA ficou patente.
Ainda segundo a Ação Civil Publica, para garantir as vantagens e vitória do referido Posto de propriedade do vice-prefeito que estava no exercício da função, foram usados documentos com assinaturas falsas de outros donos de Postos de Combustíveis, cuja documentação alegava que estes não teriam interesse em participar do certame licitatório. Aos serem indagados dentro do procedimento administrativo os donos vieram ao MP e disseram que as suas assinaturas foram falsificadas.
Para a Promotora Juliana Couto Ramos autora da Ação Civil Publica, tal circunstancia corrobora a existência de pacto firmado entre o prefeito e o seu vice de forma a garantir a Empresa de o último celebrar contratos administrativos com a Prefeitura Municipal de Sousa com estimativa de ganho de 4.154.100,00 R$.
Outro detalhe interessante refere-se ao fato de outro dono de um Posto de Gasolina ter sido chamado aos autos, por ter vendido nos anos anteriores a Prefeitura, porem, não recebia os pagamentos.
Agora resta apenas a juntada da certidão de óbito do ex-prefeito Salomão Gadelha para que comece a contar o prazo da contestação do ex vice-prefeito e hoje Deputado, Andre Gadelha do PMDB e a sua irmã prestem esclarecimentos sobre a denuncia do MP.
Até agora os denunciados não prestarem nenhum tipo de esclarecimento sobre o caso, tanto na Ação como publicamente.