O ex-vereador de Itabaiana conhecido por Elias da Banca, denunciou nesta terça-feira (5) em emissoras de rádio da cidade (Rádio Comunitária Rainha FM), os responsáveis pela administração do abate de gado por suposto desvio de recursos públicos, o que caracteriza improbidade administrativa.
Segundo a denúncia, a Prefeitura de Itabaiana cobra uma taxa de R$ 40 reais por cada boi abatido no matadouro de Ingá, sem emitir o recibo correspondente. O procedimento foi justificado pelo Secretário de Planejamento, Adjamilton, que alegou que a taxa é destinada a cobrir despesas com transporte e aluguel do matadouro de Ingá, já que o de Itabaiana se encontra interditado. “Não justifica e exigimos uma gestão mais transparente, com cobrança da taxa por funcionário da Prefeitura credenciado, emitindo-se o recibo e abrindo conta específica no Banco do Brasil, destinando os recursos para obras e serviços públicos”, disse Elias. “Fica feio e desgastante para o prefeito, e queremos uma explicação”, afirmou.
Na ocasião, o Secretário Adjamilton convidou o ex-vereador para acompanhar a matança e verificar pessoalmente como é feito o pagamento das taxas.
Outro ouvinte informou que o marchante Nado de Pirogo vendeu R$ 7.500 reais em peixe para a Prefeitura distribuir na Semana Santa de 2014, e não recebeu este valor. Daí, o comerciante resolveu descontar nas taxas do matadouro onde abate seu gado. “Ele vem descontando o que a Prefeitura deve nessa taxa do abate de boi, mas sem nenhum recibo”, disse o ouvinte, o que caracteriza a provável existência de caixa 2, especialmente na administração desses recursos.
Segundo dados do Tribunal de Contas do Estado, em 2014 a Prefeitura investiu a quantia de R$ 43 mil reais na compra do tradicional peixe da Semana Santa, para distribuição com a população carente. Procurado pela reportagem, o assessor de comunicação da Prefeitura informou que não tem conhecimento do fato e vai apurar mais detalhadamente para fornecer informações a respeito. Tribuna do Vale
