Você já pensou no que acontece com as redes sociais de um pessoa que morreu?
Descubra o que fazer em cada site...
.
Às vésperas dos 46 anos da internet, relembre as
redes sociais que já marcaram época e caíram no
ostracismo... A internet é uma senhora de 45 anos de idade. Nascida no dia 1º
de dezembro de 1969, ela
surgiu com o nome de Arpanet, desenvolvida por
um grupo de estudantes de quatro universidades
norte-americanas. Entre eles estava Vint Cerf, hoje
chamado de “pai da internet”. Muita coisa mudou
desde a Arpanet, e hoje cerca de 3,2 bilhões de
pessoas têm acesso à internet, segundo dados da
União Internacional de Telecomunicações.
Com a popularização da web, surgiram
outras formas de comunicação e entretenimento: as redes sociais. O Facebook,
maior rede social do mundo atualmente,
possui 1,55 bilhão de usuários, já tendo atingido a marca de 1 bilhão de pessoas acessando o
site em um mesmo dia. Os dados foram divulgados
por Mark Zuckerberg, criador do Facebook, em sua
página no site, expondo os resultados trimestrais
da empresa em setembro. A professora Cândida Nobre, coordenadora do
MBA Comunicação e Marketing em Mídias Digitais na Faculdade Estácio Paraíba, explica que as
redes sociais hoje têm papel central na vida e no
cotidiano dos brasileiros, e que o tempo médio que
dedicamos a elas é imensamente superior à média
dos outros países. “Usamos as redes sociais para
nos informar sobre nossos amigos, nossa família,
para relações de trabalho, para nos comunicar
com empresas, contar sobre nós mesmos e também receber e produzir notícias. Se a gente pega,
por exemplo, as últimas tragédias ambientais que
aconteceram no país, em Minas Gerais e agora as
queimadas na Chapada Diamantina, vamos perceber que muitos dos recortes de olhares sobre as
situações não vão estar presentes na mídia
tradicional. Isso é um ganho imenso que está intimamente relacionamento nado com essa democratização da informação. Eu posso ter
uma percepção muito maior do fenômeno
porque são várias pessoas falando sobre ele, atualizando os conteúdos em tempo real, contando
suas histórias em diversos formatos, sejam textos,
vídeos ou fotos”, pontua.
.
OSTRACISMO
Mas “tudo que é sólido desmancha no ar”, e nesse meio volúvel que é a internet, algumas redes sociais já tiveram seus dias de glória e caíram no ostracismo. Quem não lembra do Orkut? Criado pelo
Google em 2004, o site foi febre entre os brasileiros
em meados de 2007, mas foi superado pelo Face-
book. Apesar de desenvolver mudanças de layout
e na própria logomarca do site para tentar evitar
o fim, o Google acabou anunciando que tiraria a
rede social do ar em 30 de setembro
de 2014.
Outra rede social que “morreu” recentemente foi o Windows Live
Messenger, ou MSN, para os mais
íntimos. Quem nunca ficou horas
a fio “teclando” no MSN? Ou enviou ‘winks’ e
emoticons para um amigo no bate-papo? Pois é,
o MSN marcou a vida de muita gente. A rede de
bate-papo foi criada pela Microsoft em 1999, tendo
seu auge entre 2007 e 2009, mas foi superada por
outros sites de mensagens instantâneas e videoconferência como o Skype, ou o próprio bate-papo
do Facebook. Em 30 de abril de 2013, a Microsoft
anunciou que tiraria o MSN do ar.
Se você tem menos de vinte anos, provavelmente não vai se lembrar do mIRC, criado em 1995. No
segmento de chats, ele foi o precursor do MSN. A
ideia geral do site é a criação de salas de bate-papo,
geralmente temáticas, nas quais o usuário pode
conversar com centenas de pessoas ao mesmo
tempo. Há também a opção de conversas privadas
com um usuário específico da sala. Apesar de ter
ficado obsoleto após a popularização de outros
“mensageiros instantâneos”, o mIRC ainda funciona tão bem quanto em seus tempos áureos, mas é
usado apenas por grupos saudosistas e empresas,
em sua comunicação interna. Então, se você quiser,
basta escolher um “nickname” bacana e teclar com pois a possibilidade dos celulares fotografarem e
a partir daí o surgimento de fotologs (este eu não
tive), Orkut (também não tive, por mais estranho
que isso possa parecer) e a partir daí as ferramentas
mais recentes como Twitter, Facebook, Instagram
e WhatsApp. Acho que a primeira coisa que destaco em termos de mudança do mIRC para cá é a
necessidade de ser identificada. No mIRC, a prática
mais comum era o uso dos nicknames. Não havia
foto, nem o seu nome real, então, consequentemente, tínhamos a necessidade de nos encontrarmos
para nos conhecer- mose era
comum eventos como IRContros
de alguns canais
específicos”, conta Cândida.
Uma das redes sociais que colaboraram para
que o mIRC caísse no ostracismo foi o ICQ, criado
pela empresa israelense Mirabilis em 1996. O chat
possibilitava que o usuário criasse um perfil com
suas informações, enviasse arquivos, além do recurso de mensagens offline e histórico de conversas.
No início dos anos 2000 o ICQ foi superado pelo
MSN, mas foi recentemente reformulado e agora
possui aplicativos para smartphone, com pretensões de concorrer com o popular WhatsApp.
Cândida Nobre destaca ainda que uma das gran-
des diferenças entre redes sociais precursoras, como o mIRC, e as que usamos agora
é a quantidade de informações
pessoais que são disponibilizadas
das redes sociais é sua completa
tem sua foto, profissão, se está
casada (com possibilidade de curtir
relacionamento de alguém, o que é
o seu número de telefone (que foi
mente substituído nas paqueras
por “qual o seu WhatsApp?”) e assim por diante. A quantidade de
informação e os recursos visuais que
facilitaram a organização desse conteúdo
também são bastante significativos. Mudanças que
só foram possíveis com a melhoria na velocidade da
conexão. Pensando dessa forma, parece que faz tanto
tempo!”, conclui. (
Especial para o Jornal da Paraíba
)
.
Você já pensou no que acontece com as redes sociais de um pessoa que morreu?
Descubra o que fazer em cada site...