sábado, novembro 28, 2015

Cemitérios VIRTUAIS. Mas e quando o usuário morre?


Você já pensou no que acontece com as redes sociais de um pessoa que morreu?
Descubra o que fazer em cada site...
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Às vésperas dos 46 anos da internet, relembre as redes sociais que já marcaram época e caíram no ostracismo... A internet é uma senhora de 45 anos de idade. Nascida no dia 1º de dezembro de 1969, ela surgiu com o nome de Arpanet, desenvolvida por um grupo de estudantes de quatro universidades norte-americanas. Entre eles estava Vint Cerf, hoje chamado de “pai da internet”. Muita coisa mudou desde a Arpanet, e hoje cerca de 3,2 bilhões de pessoas têm acesso à internet, segundo dados da União Internacional de Telecomunicações. Com a popularização da web, surgiram outras formas de comunicação e entretenimento: as redes sociais. O Facebook, maior rede social do mundo atualmente, possui 1,55 bilhão de usuários, já tendo atingido a marca de 1 bilhão de pessoas acessando o site em um mesmo dia. Os dados foram divulgados por Mark Zuckerberg, criador do Facebook, em sua página no site, expondo os resultados trimestrais da empresa em setembro. A professora Cândida Nobre, coordenadora do MBA Comunicação e Marketing em Mídias Digitais na Faculdade Estácio Paraíba, explica que as redes sociais hoje têm papel central na vida e no cotidiano dos brasileiros, e que o tempo médio que dedicamos a elas é imensamente superior à média dos outros países. “Usamos as redes sociais para nos informar sobre nossos amigos, nossa família, para relações de trabalho, para nos comunicar com empresas, contar sobre nós mesmos e também receber e produzir notícias. Se a gente pega, por exemplo, as últimas tragédias ambientais que aconteceram no país, em Minas Gerais e agora as queimadas na Chapada Diamantina, vamos perceber que muitos dos recortes de olhares sobre as situações não vão estar presentes na mídia tradicional. Isso é um ganho imenso que está intimamente relacionamento nado com essa democratização da informação. Eu posso ter uma percepção muito maior do fenômeno porque são várias pessoas falando sobre ele, atualizando os conteúdos em tempo real, contando suas histórias em diversos formatos, sejam textos, vídeos ou fotos”, pontua. 
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OSTRACISMO 
Mas “tudo que é sólido desmancha no ar”, e nesse meio volúvel que é a internet, algumas redes sociais já tiveram seus dias de glória e caíram no ostracismo. Quem não lembra do Orkut? Criado pelo Google em 2004, o site foi febre entre os brasileiros em meados de 2007, mas foi superado pelo Face- book. Apesar de desenvolver mudanças de layout e na própria logomarca do site para tentar evitar o fim, o Google acabou anunciando que tiraria a rede social do ar em 30 de setembro de 2014. Outra rede social que “morreu” recentemente foi o Windows Live Messenger, ou MSN, para os mais íntimos. Quem nunca ficou horas a fio “teclando” no MSN? Ou enviou ‘winks’ e emoticons para um amigo no bate-papo? Pois é, o MSN marcou a vida de muita gente. A rede de bate-papo foi criada pela Microsoft em 1999, tendo seu auge entre 2007 e 2009, mas foi superada por outros sites de mensagens instantâneas e videoconferência como o Skype, ou o próprio bate-papo do Facebook. Em 30 de abril de 2013, a Microsoft anunciou que tiraria o MSN do ar. Se você tem menos de vinte anos, provavelmente não vai se lembrar do mIRC, criado em 1995. No segmento de chats, ele foi o precursor do MSN. A ideia geral do site é a criação de salas de bate-papo, geralmente temáticas, nas quais o usuário pode conversar com centenas de pessoas ao mesmo tempo. Há também a opção de conversas privadas com um usuário específico da sala. Apesar de ter ficado obsoleto após a popularização de outros “mensageiros instantâneos”, o mIRC ainda funciona tão bem quanto em seus tempos áureos, mas é usado apenas por grupos saudosistas e empresas, em sua comunicação interna. Então, se você quiser, basta escolher um “nickname” bacana e teclar com pois a possibilidade dos celulares fotografarem e a partir daí o surgimento de fotologs (este eu não tive), Orkut (também não tive, por mais estranho que isso possa parecer) e a partir daí as ferramentas mais recentes como Twitter, Facebook, Instagram e WhatsApp. Acho que a primeira coisa que destaco em termos de mudança do mIRC para cá é a necessidade de ser identificada. No mIRC, a prática mais comum era o uso dos nicknames. Não havia foto, nem o seu nome real, então, consequentemente, tínhamos a necessidade de nos encontrarmos para nos conhecer- mose era comum eventos como IRContros de alguns canais específicos”, conta Cândida. Uma das redes sociais que colaboraram para que o mIRC caísse no ostracismo foi o ICQ, criado pela empresa israelense Mirabilis em 1996. O chat possibilitava que o usuário criasse um perfil com suas informações, enviasse arquivos, além do recurso de mensagens offline e histórico de conversas. No início dos anos 2000 o ICQ foi superado pelo MSN, mas foi recentemente reformulado e agora possui aplicativos para smartphone, com pretensões de concorrer com o popular WhatsApp. Cândida Nobre destaca ainda que uma das gran- des diferenças entre redes sociais precursoras, como o mIRC, e as que usamos agora é a quantidade de informações pessoais que são disponibilizadas das redes sociais é sua completa tem sua foto, profissão, se está casada (com possibilidade de curtir relacionamento de alguém, o que é o seu número de telefone (que foi mente substituído nas paqueras por “qual o seu WhatsApp?”) e assim por diante. A quantidade de informação e os recursos visuais que facilitaram a organização desse conteúdo também são bastante significativos. Mudanças que só foram possíveis com a melhoria na velocidade da conexão. Pensando dessa forma, parece que faz tanto tempo!”, conclui. ( Especial para o Jornal da Paraíba )
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Você já pensou no que acontece com as redes sociais de um pessoa que morreu? 
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