quinta-feira, dezembro 17, 2015

Investimento em educação na rede pública na Região do Vale.

De acordo com os Indicadores de Desempenho dos Gastos Públicos com Educação na Paraíba (IDGPB), 93,7% dos municípios do Estado estão em situação crítica, de alerta ou de atenção por conta de problemas que vão desde o alto custo com pessoal até taxas crescentes de analfabetismo...

SALGADO DE SÃO FÉLIX foi o que apresentou melhor evolução das despesas em educação na rede pública... MOGEIRO aumentou suas despesas com educação, e os número de alunos matriculados na rede pública cresceu. JURIPIRANHA teve alta de um milhão e trezentos mil reais com despesas em educação... SÃO JOSÉ DOS RAMOS, o destaque fica por conta do índice de aprovação que cresceu de 70% para 77%... PILAR matrículas apresentam ligeira queda... ITABAIANA despesas em educação caíram de R$ 4.800.000 para 3.300.000...

DADOS DE 2007 A 2011: 

O estudo mostra que dos 223 municípios paraibanos, 209 fazem parte dessa realidade onde a educação pede socorro. Conforme o levantamento, 179 fazem parte do grupo que cidades que está em estado de atenção. Os que compõem o time que está em alerta são 146 e 66 vivem uma situação crítica.

Na região do vale do Paraíba, as despesas em educação na cidade de Itabaiana caíram de R$ 4.800.000 para 3.300.000, de 2007 a 2011. No mesmo período, a taxa de aprovação, indicando qualidade do ensino, teve um leve crescimento de 5%, enquanto diminuíram de 2.700 para 2.300 os alunos matriculados. No quadro de despesa por aluno, o valor de R$ 1.500 reais por aluno permanece.

O Município de Salgado de São Félix foi o que apresentou melhor evolução das despesas em educação na rede pública, passando de R$ 3.200.000 para 5.300.000 em quatro anos. Os índices de aprovação passaram de 76% para 79% e as matriculas tiveram leve aumento, de 1.500 para 1.600 alunos em média. Já as despesas por aluno tiveram acréscimo de R$ 1.400 para R$ 2.000 reais.

Em São José dos Ramos, o destaque fica por conta do índice de aprovação que cresceu de 70% para 77%, mas as matrículas caíram de 1.700 para 1.100 alunos, no período. O valor por aluno também teve importante acréscimo, de R$ 1.600 para R$ 2.800.

Mogeiro aumento suas despesas com educação, de R$ 2.800.000 para 4.800.000, mantendo, no entanto, a taxa de aprovação em 78%. O número de alunos matriculados na rede pública cresceu de 1.600 para 2.600, de 2007 a 2011.

Em Pilar, a evolução das despesas em educação na rede pública municipal saiu de R$ 3.200.000 para 4.000.000, enquanto o índice de aprovação, indicando qualidade do ensino, diminui de 75% para 72%. As matrículas também apresentam ligeira queda, de 1.900 para 1.800 alunos, enquanto o custo por aluno elevou-se de R$ 1.700 para R$ 2.400.

Juripiranga teve alta de um milhão e trezentos mil reais com despesas em educação, elevando ainda o índice de aprovação de 70% para 74%, sendo que as matrículas tiveram ligeiro decréscimo, passando de 1.800 para 1.700 alunos. O custo por aluno saiu de R$ 1.400 para R$ 2.400 no período.

Da estrutura
A estrutura das escolas também não ajuda a elevar os índices. Conforme o IDGPB, 37 cidades apresentam um número crescente de professores temporários. Em outras 30 localidades a precariedade na infraestrutura atrapalha o desenvolvimento educacional e, em 36, o número de professores por aluno também complica a situação. Há escolas que possuem até 22 alunos por professor, em média.

 Faltam em muitas, principalmente, laboratórios de ciências, bibliotecas, quadras esportivas, laboratórios de informática, acesso à internet, salas para os professores e até coleta de lixo.