sábado, dezembro 12, 2015

isso é MOGEIRO - São 54 anos com muitas histórias!

Mogeiro é um município brasileiro localizado na microrregião de Itabaiana, estado da Paraíba. Sua população em 2013 foi estimada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 13.349 habitantes,[3] distribuídos em 219 km² de área..

Topônimo: 
Recebeu o nome de um riacho que corta suas terras "Riacho de Mogeiro", cuja significação ainda não foi descoberta, apenas existem hipóteses a esse respeito. A primeira diz vir do substantivo masculino "Mugeiro", que significa espécie de águia que pesca mugens; a segunda supõe vir do vocábulo indígena "mong-eir" que significa mel pegajoso. Outra versão para a origem do nome da cidade refere-se aos monges que habitavam a região. Nas suas moradias, conservadas até a metade do século passado, celebrava-se missas, realizava-se batizados, casamentos e novenas. E os moradores diziam:"vamos para os monges", "para casa dos monges", "para o mosteiro" e, finalmente, "Mogeiro". Há quem diga que os monges residiam nas proximidades de uma pedra denominada de Pedra do Convento e a origem do nome vem da junção dos nomes Monge + Lajeiro[nota 1] = Mongeiro, depois Mogeiro. Essa é a versão mais comum e conhecida pela população.

História: 
A região onde se situa o município era primitivamente habitada pelos índios Cariris. O primeiro registro de posse foi requerido em 11 de maio de 1758, por Manoel Pereira de Carvalho ao então Governador da Província, José Henrique de Carvalho, que recebeu uma porção de terras situadas em Taipu, entre o rio Paraíba e o riacho Mogeiro, onde foi iniciada a colonização. Em 1856, através da Lei Provincial n° 210, foi criado o termo "Mongeiro de Baixo" (atribuído à Fazenda São João hoje conhecida como Mogeiro de Baixo), pertencente a Ingá. Em 1874, pela Lei Provincial n° 569, foi criado o termo "Mogeiro de Cima" (atribuído a um povoado que surgira próximo a Mogeiro de Baixo), também pertencente a Ingá, e que pela Lei Provincial n° 512, de 5 de julho do mesmo ano, o tornou na Freguesia de Nossa Senhora das Dores.[8] Pela Lei n° 612, de 5 de julho de 1876, foi criado o distrito de Mogeiro de Cima,[8] vinculado à jurisdição de Ingá. Em 18 de maio de 1890, devido a grande influência do Conselheiro Manoel Faustino da Silva, a Lei n° 125 foi assinada pelo governador Venâncio Neiva, anexando o distrito ao município de Itabaiana, a quem pertenceu até a sua emancipação.[10] Até o ano de 1900, realizava-se uma feira livre em Mogeiro de Baixo, quando o subdelegado Henrique de Andrade Bezerra transferiu-a para o povoado de Mogeiro de Cima. Dado o seu desenvolvimento, Mogeiro de Cima passou a sede do município, cuja emancipação se deu pela Lei n° 2.618, de 12 de dezembro de 1961, desmembrado de Itabaiana, com a denominação de Mogeiro. Quanto a Mogeiro de Baixo, como é conhecido até hoje, passou a condição de bairro da cidade.

História política: 
Com a emancipação do município, o primeiro prefeito nomeado como interventor foi Diomendes Martins da Silva.[11] Na primeira eleição para prefeito, em 1962, foi eleito o Sr. José Benedito da Silveira, José Silveira, como era conhecido. A insitência em antecipar sua posse, antes de expirar o prazo fixado pela Justiça Eleitoral para o prefeito em exercício, Diomendes Martins da Silva, deixar o cargo, constituía-se numa atitude arbitrária, mas ainda sim ele insistiu. Colocou uma mesa numa sala anexa a uma casa residencial, convocou seus vereadores, improvisou uma seção e empossou-se no cargo. Daí em diante, houve ameaças e descomposturas culminando no seu assassinato em 7 de novembro de 1962. Do ponto de vista político José Silveira é lembrado até hoje e considerado a maior personalidade política do município.

Geografia: 
O município está localizado na zona fisiográfica da caatinga, na Mesorregião do Agreste Paraibano e na microrregião de Itabaiana, significando que o mesmo encontra-se inserido no semi-árido nordestino e na região chamada de polígono das secas. Sua área é de 219 km² representando 0,42% do território do estado da Paraíba.

Relevo e Hidrografia: 
Mogeiro situa-se na depressão sublitorânea, tendo uma superfície colinosa. Seu relevo é suavemente ondulado e drenado por riachos e alguns rios, de vales abertos e pouco profundos. Em sua porção centro-norte ocorre uma área cristalina elevada de maciços residuais com formação de serra onde o relevo é fortemente ondulado e montanhoso. Situado na Bacia Hidrográfica do Baixo Paraíba, é cortado pelo rio Ingá (ou Camurim, como também é conhecido) e pelos riachos de Mogeiro e Poço Verde e, servindo como divisor dos municípios limítrofes, os rios Paraíba, Cantagalo e Gurinhém.[16] O rio Paraíba propicia grande potencial de irrigação para beneficiamento e diversificação de culturas no município, favorecendo ainda, a prática da piscicultura.

Vegetação: 
No município predomina como cobertura nativa à vegetação de floresta caducifólia com porte arbóreo de 8 a 10 metros de altura, clara, pouco densa, com árvores muito ramificadas e um estrato arbustivo. Na estação seca esta vegetação perde totalmente as folhas com exceção de poucas espécies. Em menor parte do território encontra-se a floresta subcaducifólia, com porte arbóreo em torno de 20 metros de altura, densa e pouco clara, com caules geralmente retilíneos, engalhamento alto e predominando as folhas miúdas. Na estação seca parte das árvores perdem suas folhagens. Ocorre também, em algumas áreas, a presença da caatinga hipoxerófita, apresentando-se com porte arbórea, com menos frequência arbóreo-arbustivo e normalmente densa, sendo a presença de cactáceas baixas e bromeliáceas restrita as áreas mais pedregosas. Contudo a maior parte da sua vegetação nativa já foi devastada, dando lugar à agricultura, principalmente de subsistência e à pastagens para a pecuária além da produção de lenha e carvão, e restam apenas cerca de 10% da reserva florestal nativa do município.

Clima
De acordo com a classificação de Köppen, o município apresenta um clima tropical do tipo quente e úmido, sua temperatura média anual varia de 23º C a 26° C, sendo registrada temperatura mínima mensal de 19º C e máxima mensal de 32º. A precipitação pluviométrica média anual atual é de 431 mm, segundo o CPRM;[17] e de 450mm, de acordo com o IDEME, com período médio de 06 meses secos, tendo umidade relativa do ar em torno de 80%. Assim, o regime anual de seu clima é caracterizado unicamente pelo regime sazonal de chuvas, que compreende o período dos meses de fevereiro a agosto, com maior intensidade entre os meses de maio, junho e os mais secos de outubro e novembro.

Distrito e comunidades: 
O território municipal é composto pelo distrito de Gameleira e suas principais comunidades são: Areal; Gavião; Pintado; Chã de Areia; Cabral; Granjeiro; Benta Hora; Tamanduá; Cumatí; Gaspar; Boa Vista; Estação; Juá; e Camurim.