quinta-feira, dezembro 03, 2015

Pilantras da Assembleia Legislativa só pensam em criar TCM.

Crise hídrica e segurança ficam em 2º plano... 

A grave estiagem que atinge o Estado, a crise na segurança pública e os problemas relativos à educação estão ficando em segundo plano na Assembleia Legislativa e perdendo espaço para os debates cada vez mais acirrados em torno da criação do Tribunal de Contas dos Municípios da Paraíba (TCM). Após realização de uma sessão especial na última terça-feira para discutir o tema, os deputados vão realizar agora uma audiência pública com o mesmo propósito, desta vez, na próxima quarta-feira. A sessão ordinária agenda- da para quarta-feira foi adiada pelo presidente da Casa, Adriano Galdino (PSB), para abrir espaço para mais uma discussão sobre o TCM. A cada nova sessão ordinária, deputados governistas e oposicionistas se revezam na tribuna para defender ou atacar a criação do tribunal. Ontem foi assim. Por falta de quórum não houve votação de matérias legislativas, contudo, houve disputa para discursar no plenário. 

O primeiro a levantar o tema foi José Aldemir (PEN), que levou à Casa uma lista composta por nomes de possíveis conselheiros, entre eles, a vice-governadora, Lígia Feliciano (PDT), o atual procurador geral do Estado, Gilberto Carneiro, e a secretária de Estado da Administração, Livânia Farias. Em seguida, Gervásio Maia (PMDB) se posicionou a favor de uma discussão ampla sobre o tema e defendeu um acompanhamento e fiscalização mais eficaz das execuções orçamentárias das Câmaras Municipais e prefeituras, o que seria alcançado a partir da criação do TCM. Para ele, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) não têm cumprido seu papel de órgão orientador. O posicionamento do peemedebista gerou revolta em Daniella Ribeiro (PP), que su- biu à tribuna para questionar Gervásio Maia. “É o deputado Gervásio Maia que está cha- mando essa discussão? A população precisa de saúde, mais segurança e não de um debate inoportuno sobre a criação de um tribunal”, disse. .... 

Pedido de autorização de empréstimo...
O governador Ricardo Coutinho (PSB) solicitou à Assembleia Legislativa autorização para contratar empréstimo no valor de R$ 45 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a abrir cré- ditos adicionais para execução do Cadastro Ambiental Rural. Os recursos devem ser empregados no fortalecimento das políticas públicas ambientais e fundiárias, a partir da execução do Cadastramento Ambiental Rural (CAR). Coutinho justifica que as ações para controle e redução do desmatamento estão inseridas em diversas políticas federais, sendo as mais importantes o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e o plano estadual de prevenção e combate ao desmatamento. Em mensagem encaminhada à Assembleia, ele alega que o procedimento vai possibilitar a consolidação de uma base única de dados que vai proporcionar maior precisão na delimitação das propriedades rurais. “A geração deste produto foi decorrente da necessidade de regularização fundiária das propriedades rurais, propiciando aos produtores rurais o acesso às linhas de crédito, em consonância com as diretrizes estabelecidas nas políticas de desenvolvimento agrário”, disse. Segundo Coutinho, a integração de dados vai tornar mais efetivos os serviços de monitoramento ambiental, controle e manejo do solo, dos recursos ambientais, dos recursos florestais e fiscalização dos produtos e subprodutos florestais no ter- ritório paraibano.